Os funcionários trabalham além do suportável para dar lucros bilionários, mas são tratados com assédio para cumprirem metas impossíveis e pressionados até adoecerem
O Itaú Unibanco registrou lucro recorrente de R$ 10,884 bilhões no quarto trimestre do ano passado, alta de 1,9% no trimestre e 15,8% em 12 meses. O resultado foi acima das previsões dos analistas consultados pelo site Valor, de R$ 10,831 bilhões.
Sendo assim, o banco obteve Lucro Líquido Recorrente Gerencial de R$ 41.349 bilhões no acumulado de 2024.
“O que demonstra que os bancários do Itaú trabalham muito para dar lucros bilionários, mas são tratados com assédio para cumprirem metas impossíveis e pressionados até adoecerem, por uma gestão irresponsável, que coloca a vida deles em risco”, analisa Élcio Quinta, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionário do banco.
Aposentados sem plano de saúde
Outro absurdo desumano, segundo o presidente, foi a retirada do subsídio do plano de saúde dos aposentados e estes não têm mais como pagar pelo atendimento nas suas velhices, quando mais precisam.
Após o término do período de manutenção da contribuição do banco, garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho, os aposentados passaram a enfrentar dificuldades financeiras devido à migração obrigatória do plano familiar para um individual, sem subsídio do Itaú.
O valor do plano individual chega a R$ 1.929 por pessoa, o que pode resultar em uma despesa de quase R$ 4 mil por casal, impondo um fardo insustentável para muitos.
Fechamento de agências
Em seu projeto de acabar com agências física, demitir e piorar o atendimento aos clientes, para lucrar até explodir, o Itaú fechou 227 agências em 2024. O número supera a média de fechamento de agência de anos anteriores (em média 200 por ano nos últimos anos). Com relação aos postos de trabalho, segundo o banco, no ano passado foram contratadas 10.193 pessoas e demitidas 7.721.