Banco impõe a funcionários de agências rotina de trabalho que vai das 8h30 às 22h00; Jornada de seis horas é direito do bancário.
Os funcionários do Itaú estão sofrendo transtornos por conta da implementação de horários diferenciados em centenas de agências por todo o país. Bancários de algumas unidades que fecham às 20h chegam a encerrar o expediente por volta das 22h.
A mudança aconteceu unilateralmente e os funcionários tiveram de se adequar. De um dia para o outro, muitos perderam cursos, faculdades e sentiram que sua vida pessoal se transformou e um caos.
A situação fica agravada porque o quadro de funcionários está cada vez mais reduzido. No ano passado, o Itaú demitiu 7.935 funcionários. Com esse quadro enxuto, os bancários são obrigados a trabalhar além de suas jornadas para bater as metas. Mesmo assim, essas metas são inalcançáveis, como ficou claro no pagamento do Agir, no qual somente 10% das agências foram elegíveis ao programa.
Muitos bancários que trabalham em agências situadas em shoppings – que funcionam do meio- dia às 20h – relatam que iniciam o trabalho por volta das 8h30 e só conseguem ir embora na hora do fechamento do estabelecimento, às 22h.
Abuso de jornada
A jornada de seis horas de trabalho é uma das maiores conquistas da categoria, instituída ainda na década de 1930, mas que está sendo sistematicamente desrespeitada pelos bancos.
Atualmente, em torno de 450 agências funcionam com horário diferenciado no Brasil. Os horários diferenciados são das 9h às 17h; das 9h às 16h; das 11h às 19h e do meio-dia às 20h.
Fonte: Com informações Fetec e SEEBSP
