Banco passou a cobrar valor de mercado de novos funcionários e quem se aposenta também paga bem mais; Movimento sindical exige valor igual a todos.
Sem qualquer discussão com o movimento sindical, o Itaú implementou um novo plano de saúde para os bancários recém-contratados, muito mais caro do que o oferecido a quem tem mais tempo de casa. O Itaú acaba com um direito conquistado pelos trabalhadores: o plano de saúde no modelo de autogestão e familiar. Trata-se de um desrespeito a seus funcionários e ao processo negocial com os representantes da categoria.
Os bancários mais antigos pagam um percentual do salário para ele e seus dependentes, e que no novo plano o funcionário passou a pagar por faixa etária, tanto dele quanto dos dependentes. O banco divulgou os valores da tabela e a cobrança feita é absurda! Virou um plano de mercado.
Aposentados
Mas o problema de cobrança abusiva também afeta os funcionários antigos: Quem está no Itaú há mais tempo vai sentir o golpe quando for se aposentar porque, depois que passar o prazo da CCT [período em que o trabalhador ainda tem direito à contribuição do banco no pagamento do plano], o bancário que entrar com o pedido do convênio vitalício, garantido pela lei 9.656, vai ver que a cobrança será feita por faixa etária. E o valor vai aumentar absurdamente.
Um funcionário que tinha um plano familiar passará a pagar um valor que vai de R$ 783,84, pelo básico, a R$ 2.563,71, pelo executivo, caso ele tenha 59 anos. E esses valores são somente os dele, fora os de seus dependentes.
É um verdadeiro descaso praticado pelo Itaú com os funcionários que se dedicaram a vida toda ao banco e, na aposentadoria, a hora que mais precisam do plano, são descartados como se não fossem seres humanos. Não é justo que se cobre dos trabalhadores um valor de mercado, sendo que para ele o custo é de plano empresarial coletivo. Até onde vai a ganância do Itaú que se vende como um exemplo de empresa responsável.
Fonte: Com informações SEEB SP