Funcionários da área de crédito imobiliário do Itaú, no segmento Personnalité, estão sobrecarregados e no limite da exaustão física e mental. A situação foi agravada por conta do Full BPO
Os trabalhadores da área de crédito imobiliário do Itaú, no segmento Personnalité, estão sobrecarregados e no limite da exaustão física e mental, sendo obrigados a cumprir horas extras para dar conta da demanda de trabalho. A situação foi agravada por conta de um novo modelo de trabalho, denominado Full BPO.
No modelo Full BPO, o bancário responsável pela conversão também deve fazer a formalização da contratação do crédito, o que antes ficava sob responsabilidade de outra equipe.
Anteriormente ao modelo, a equipe de formalização ficava responsável por todo o trabalho dos documentos fornecidos pelo cliente após o envio da documentação inicial pelo pessoal de conversão. Ou seja, cuidavam do acompanhamento e finalização do processo, incluindo pendências do cliente, ajuste de propostas, análise de documentos, confirmação de valores, portabilidade, emissão do contrato, entre outras funções. Com o Full BPO, o funcionário da conversão ficou responsável também por este processo, assumindo uma carga de trabalho que antes demandava duas ou mais pessoas.
A consequência desta mudança é que os funcionários da conversão que estão inseridos no modelo Full BPO são obrigados a fazer horas extras pelo fato de que não é possível atender a demanda de trabalho durante a jornada de oito horas, o que os leva a uma situação limite de estresse e exaustão, privando-os ainda do necessário descanso e convivência familiar.
Além disso, a situação é agravada ainda mais pela exigência de 75 pontos para receber a remuneração variável, o que se tornou ainda mais difícil com a absorção das novas funções pelos trabalhadores e a meta extremamente alta.
Fonte: SEEB de São Paulo