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Israel e o terrorismo de Estado

7 de junho de 2010

O que levaria uma nação que outrora sofrera atrocidades sob a perseguição nazista a incorrer no mesmo erro histórico de submeter outros povos às mesmas atrocidades e genocídios?

O ataque israelense em águas internacionais ao comboio humanitário (Flotilha da Liberdade) que se dirigia a Gaza, na Palestina, com mais de 750 ativistas de 50 nacionalidades diferentes (jornalistas, parlamentares, ativistas dos Direitos Humanos, mães, médicos), chocou o mundo na última semana. Fontes falam em 9 mortos (todos de cidadania turca) e mais de 60 feridos. O comboio internacional era formado por 6 navios (3 deles turcos) transportando 10 mil toneladas de ajuda humanitária como remédios, cadeiras de rodas, comida, materiais de construção para mais de 1,5 milhão de palestinos que vivem cercados em Gaza.

Este fato nos faz questionar: O que levaria uma nação que outrora sofrera atrocidades sob a perseguição nazista a incorrer no mesmo erro histórico de submeter outros povos às mesmas atrocidades e genocídios?

O Estado judeu de Israel foi criado em 1948, depois de milhares de anos em que aquele povo vagou pelo deserto, sofrendo perseguições, de exílios a exílios até se configurar em um Estado Nacional, segundo a determinação das Nações Unidas. Desde a sua formação, no entanto, Israel tem violado constantemente as resoluções internacionais sob a forma de opressão ao povo palestino, bem como na ocupação de suas terras (recusando o direito à independência e à soberania daquele povo). As
ações de ilegalidade por parte de Israel, entretanto, são legitimadas pelo imperialismo norte-americano (há muito tempo Israel é o aliado estratégico da Casa Branca no Oriente Médio). Esta parceria conta com apoio diplomático, financeiro e militar dos norte-americanos. Sobre o referido ataque, a diplomacia americana e o presidente Barack Obama apenas estão exigindo explicações do governo de Israel pelo incidente e dizem “lamentar” os mortos. Considero que a manifestação do presidente
norte-americano seja insuficiente para alguém que acabou de receber o prêmio Nobel da Paz: Obama, ou denuncie ou devolva o prêmio.

A truculência das autoridades israelenses já havia sido colocada à prova quando, há poucas semanas, havia barrado a entrada de Noam Chomsky (professor emérito do Massachusetts Institute of Technology – MIT), um dos principais intelectuais vivos da atualidade, quando este se deslocava à Cisjordânia para uma conferência. As autoridades alegaram que Chomsky não era bem-vindo ao país por sua posição quanto ao governo de Israel. Chomsky é conhecido mundialmente não apenas pela teoria
inovadora da linguística, mas por sua trajetória de oposição à política intervencionista americana, além de ser um ferrenho crítico de Israel por este ocupar territórios palestinos.

Por fim, é preciso convocar todas as pessoas de todos os lugares do mundo a expressar sua indignação diante do ataque covarde de Israel e prestar solidariedade a todo o povo palestino do mundo.
Fonte: Dejalma Cremonese – Professor do Instituto de Sociologia e Política da Ufpel – RS (Brasil)

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