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IPCA tem maior taxa para maio em 25 anos e inflação dispara

9 de junho de 2021

Índice agora está acima de 8% na taxa acumulada. Supera os dois dígitos em algumas regiões. IBGE aponta pressão de energia , gás e a gasolina que acumula alta de 45,8%, em 12 meses

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 0,83% em maio, taxa mais alta para o mês desde 1996, segundo o IBGE, que divulgou o resultado nesta quarta-feira (9). Com isso, o indicador oficial de inflação no país soma 3,22% no ano e atinge 8,06% em 12 meses. É o maior índice acumulado em quase cinco anos. Já o INPC se aproximou dos 9% (8,90%). Em algumas regiões, a taxa supera os dois dígitos.

 

De acordo com o IBGE, os nove grupos que compõem o IPCA-15 registraram alta no mês passado. Entre os itens que pesaram na taxa, estão a energia elétrica – com nova bandeira tarifária – e o gás, tanto encanado como de botijão.

 

Casa e transporte

A maior variação entre os grupos foi de Habitação: 1,78%, com impacto de 0,28 ponto percentual na taxa geral. Em seguida, Transportes registrou variação de 1,15% e foi responsável por 0,24 ponto. Assim, esses dois, somados, responderam por mais da metade da inflação de maio.

 

Apenas a energia elétrica, com alta de 5,37%, teve impacto de 0,23 ponto. “Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos”, informa o IBGE. “Vale lembrar que, entre janeiro e abril, estava em vigor a bandeira amarela, cujo acréscimo é menor (R$ 1,343). Além disso, no final de abril, ocorreram reajustes em diversas regiões de abrangência do índice”, acrescenta o instituto.

 

Ainda no grupo Habitação, o IBGE cita a taxa de água e esgoto (1,61%), depois de reajustes e São Paulo e Curitiba. Subiram também os preços do gás de botijão (1,24%) e encanado (4,58%).

 

Gasolina soma 45,8% em 12 meses

Em Transportes (aumento de 1,15% em maio), o maior impacto veio da gasolina, que subiu em média 2,87%. O combustível acumula alta de 24,70% no ano e de 45,80% em 12 meses. Outros aumentos no mês passado vêm do gás veicular (23,75%), do etanol (12,92%) e do óleo diesel (4,61%).

 

Mais altas: automóveis novos (1,15%) e usados (0,88%), pneu (2,30%) e conserto de automóvel (1,19%). Nos transportes públicos, queda de 3,98%, influenciada pelas passagens aéreas (-28,33%, impacto de -0,12 ponto). Mas aumentaram o metrô (Rio de Janeiro) e ônibus urbanos (Salvador).

 

Remédios também mais caros

Já no grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,76%), os produtos farmacêuticos subiram 1,47% e deram contribuição de 0,05 ponto à taxa mensal. Segundo o IBGE, também subiu o custo médio do plano de saúde (0,67%) e de itens de higiene pessoal (0,63%), com impactos de 0,03 e 0,02 ponto, respectivamente.

 

O grupo Alimentação e Bebidas teve variação de 0,44%, pouco acima de abril. A alimentação no domicílio subiu menos (0,23%), e o IBGE cita itens como frutas (-8,39%), cebola (-7,22%) e arroz (-1,14%). Já as carnes, com alta de 2,24% em maio, acumula aumento de 38% em 12 meses. Já a alimentação (0,23%, em alta) teve impacto tanto do lanche (2,10%) como da refeição (0,63%).

 

Aumento em todas as regiões

Por fim, o grupo Artigos de Residência subiu 1,25%, maior variação em maio, com contribuição de 0,05 ponto para o resultado total. O IBGE destaca os itens TV, som e informática (2,16%) e eletrodomésticos e equipamentos (1,04%).

 

Entre as áreas pesquisadas, o maior índice foi apurado na região metropolitana de Salvador (1,12%) e o menor, em Brasília (0,27%). Na Grande São Paulo, o IPCA foi a 0,78%. Em 12 meses, varia de 6,57% (região metropolitana do Rio de Janeiro) a 11,43% (Rio Branco). Também atinge dois dígitos em Campo Grande (10,91%). Soma 8,68% em Belo Horizonte, 7,44% em Brasília, 8,20% em Porto Alegre e 7,28% em São Paulo.

 

INPC: quase 9%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,96%, maior variação para maio desde 2016. A taxa soma 3,33% no ano e 8,90% em 12 meses.

 

Segundo o IBGE, os produtos alimentícios subiram 0,53%, enquanto os não alimentícios aumentaram 1,10%.

Crédito: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas
Fonte: Rede Brasil Atual
Escrito por: Vitor Nuzzi

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Publicado por: Gustavo Mesquita

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