Foi a maior alta para um mês de outubro desde 2002. Gasolina foi a vilã da inflação no mês com uma alta de 3,10%, e salto em 12 meses chega a 42,72%. Dolarização do preço da gasolina pelo governo (o maior acionista da Petrobras) está destruindo a economia da população, mas dando lucros bilionários aos acionistas
Puxado pela alta da gasolina, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acelerou para 1,25% em outubro, após ter registrado taxa de 1,16% em setembro, mostram os dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Foi a maior variação para um mês de outubro desde 2002 (1,31%)”, destacou o IBGE. Com o resultado, a inflação acumula alta de 8,24% no ano e de 10,67% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (10,25%).
O resultado veio acima do esperado. Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de uma taxa de 1,05% em outubro, acumulando em 12 meses alta de 10,45%.
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Todos os 9 grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em outubro, com destaque para os transportes (2,62%), principalmente, por conta dos combustíveis (3,21%).
A gasolina subiu 3,10% e teve o maior impacto individual na inflação de outubro, respondendo por 0,19 ponto percentual da alta do IPCA no mês. Foi a sexta alta consecutiva nos preços do combustível, que acumula 38,29% de variação no ano e 42,72% nos últimos 12 meses.
“A alta da gasolina está relacionada aos reajustes sucessivos que têm sido aplicados no preço do combustível, nas refinarias, pela Petrobras”, afirmou o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.
Além gasolina, houve aumento também nos preços do óleo diesel (5,77%), do etanol (3,54%) e do gás veicular (0,84%).
Inflação acima da meta e projeções
Na última pesquisa Focus do Banco Central, os analistas do mercado financeiro aumentaram de 9,17% para 9,33% a expectativa para a inflação de 2021.
O centro da meta de inflação em 2021 é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Com isso, a projeção do mercado já está acima do dobro da meta central de inflação (7,5%).
Para 2022, o mercado financeiro subiu de 4,55% para 4,63% a estimativa para o IPCA. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.
A piora nas projeções para os indicadores econômicos acontece em meio às manobras e propostas para driblar o teto de gastos, para abrir espaço no orçamento para bancar o Auxílio Brasil de R$ 400 no ano eleitoral de 2022.
O mercado projeta atualmente uma Selic em 9,25% ao ano no fim de 2021. Entretanto, para o fim de 2022, os economistas subiram a expectativa para a taxa Selic para 11% ao ano, o que pressupõe novas altas no juro básico da economia.
Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Fonte: g1.globo.com com edição da Comunicação do SEEB de Santos e Região
Escrito por: Darlan Alvarenga