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Intransigência dos bancos empurra greve para próxima semana

20 de setembro de 2012

A greve continua forte neste quarto dia, 21/09, com os mesmos índices de 90% de adesão em Santos, 85% de paralisação das agências das cidades de Guarujá, São Vicente, Cubatão e Praia Grande. Em toda as nove cidades da Baixada Santista a média de paralisação chegou a 70%. A greve é nacional e por tempo indeterminado. A população está informada e agiu de forma pacífica demonstrando solidariedade à categoria.

Após quatro rodadas duplas e um dia de negociações, que correspondem a nove rodadas de discussões e muita enrolação por parte dos bancos e que resultou na contra proposta de 6%, os bancários de todo o país estão no quarto dia de greve, nesta sexta-feira. 

“A intransigência dos bancos (que já lucraram R$ 25,8 bilhões nos seis primeiros meses do ano) e uma contra proposta de míseros 6%, nos empurram para uma greve que se estenderá para a próxima semana. Enquanto isso, os banqueiros divertem-se dos transtornos que eles causam para todos os trabalhadores”, afirma Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos bancários de Santos e Região.

Agências paralisadas já superam 2011
No primeiro dia de paralisação, 18/09, 5.132 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram fechados em 26 estados e no Distrito Federal.

O número já é superior ao primeiro dia de greve do ano passado, quando o atendimento ao público foi interrompido em 4.191 agências.

São mais de 130 sindicatos, que participam desse processo, com 530 mil bancários em todo o país. E assim como no ano passado, a tendência da greve é a cada dia de silêncio dos bancos e da Fenaban [Federação Nacional dos Bancos], é dessa greve aumentar ainda mais.

Entre as principais reivindicações do movimento estão o reajuste salarial de 10,25%. De acordo com os grevistas, a proposta feita pela Fenaban concederia reajuste de apenas 0,58% acima da inflação.

Os bancários ainda exigem maior participação nos lucros e resultados (PLR), mais segurança nas agências, fim das metas abusivas e da rotatividade, além de plano de cargos e salários para toda a categoria. 

Enquanto os bancos estão se recusando a dar aumento aos seus trabalhadores eles estão ampliando a remuneração dos seus executivos em 9,7%, que no ano passado receberam R$ 7,4 milhões. Este ano alguns deles já irão receber R$ 8,4 milhões.

Ninguém lucra mais que os bancos no Brasil
Os seis maiores bancos (Itaú, Bradesco, BB, Caixa, Santander, HSBC e Safra) embolsarem um lucro líquido, somente no primeiro semestre de 2012, de R$ 25,8 bilhões. Sendo o setor que mais lucrou no país, acima do metalúrgico, têxtil e petrolífero. 

As principais reivindicações

>> Reajuste salarial de 10,25%,
>> PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. 
>> Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).
>> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
>> Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.
>> Auxílio-refeição e vale-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).
>> Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e ampliação da inclusão bancária.
>> Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.
>> Fim das metas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.
>> Mais segurança nas agências e postos bancários.

Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região

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