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Intersindical defende 18% de reajuste salarial na Conferência Nacional dos Bancários

23 de julho de 2013

Intersindical bancária defendeu 18% (inflação + 11% de produtividade), porém maioria optou por 11,93% (inflação + 5%)
 
Os 629 delegados de todo o país que participaram da 15ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em São Paulo, de 19 a 21/07, em sua maioria aprovaram a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2013, que inclui reajuste de 11,93% (inflação mais 5%), piso igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.860,21), PLR equivalente a três salários mais R$ 5.553,15 fixos, além de Reforma Política, democratização dos meios de comunicação, fim do fator previdenciário e contra o PL 4330, que libera a terceirização e precariza as condições de trabalho. A pauta de reivindicações será entregue à Fenaban no dia 1º de agosto.

É bom explicar que: os bancários da Intersindical e a diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, em acordo com outras forças de esquerda do movimento sindical bancário, defenderam o índice de 18% (inflação do período + 11% de produtividade). Porém, a maioria (60%) dos delegados optou pelo índice de 11,93%.
 
Bancos lucram mais de 45 bi
Os bancos Itaú, BB, Bradesco, CEF e os demais lucraram juntos R$ 45,7 bilhões, em 2012, a rentabilidade media foi de 16,8% em 2012. Os resultados dos bancos são muito superiores a de outros setores da economia. Por isso, a Intersindical Bancária defendeu a discussão nas mesas específicas dos bancos públicos (BB e Caixa) as perdas de setembro de 1994 a agosto de 2011, conforme cálculo diferenciado de cada segmento. Um reajuste de 18% para a categoria.
 
Outras reivindicações importantes:

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
 
Melhores condições de trabalho com o fim das metas   e do assédio moral que adoece os bancários;
 
Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que libera geral e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas;
 
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
 
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;

 
Agenda política 
Os 629 delegados que participaram da conferência também aprovaram uma agenda política, com temas importantes da conjuntura nacional que precisam ser discutidos com os bancários e com a população. São eles:
 
* Combate sem tréguas ao PL 4330, que precariza as condições e relações de trabalho.

* Reforma política, para democratizar o Estado.

* Reforma tributária, para corrigir injustiças.

* Marco regulatório da mídia visando democratizar as comunicações.

* Conferência Nacional do Sistema Financeiro.

* Investir 10% do PIB na educação.

* Investir 10% do orçamento em saúde.

* Transporte público de qualidade.
 
 
Calendário de luta
A 15ª Conferência aprovou ainda um calendário de luta que mescla o engajamento da categoria tanto na Campanha Nacional dos Bancários quanto na pauta de reivindicações da Intersindical e demais centrais sindicais. Confira:

30/7 – Entrega da pauta de reivindicações à Fenaban.

6/8 – Dia Nacional de Luta contra o PL 4330.

12 e 13/8 – Mobilizações em Brasília para convencer os parlamentares a rejeitarem o PL 4330.

22/8 – Dia Nacional de Luta dos Bancários, com passeatas no final do dia.

28/8 – Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização.

30/8 – Greve de 24 horas, em defesa da pauta geral dos trabalhadores apresentada ao governo e ao Congresso Nacional apresentada pela CUT e demais centrais sindicais.

Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região

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