Brasileiros sentem no bolso o tamanho da crise que se agravou em pouco mais de três anos do governo Bolsonaro
Matéria publicada no G1 nesta quarta-feira (4) revela que a elevação da inflação fez a nossa moeda, o real, perder 31,3% de 2017 a 2022 em seu valor e poder de compra. Mesmo com o Banco Central elevando as taxas básicas de juros (Selic), as maiores do mundo (o Brasil só é superado pela Rússia em função das sanções dos EUA e potências ocidentais por causa da guerra na Ucrânia), o governo Bolsonaro não consegue conter a alta dos preços que vem derrubando a média da renda das famílias brasileiras.
O levantamento aponta que o trabalhador com o mesmo valor consegue comprar apenas um terço do que comprava em 2017. O período representa o primeiro ano da economia durante o governo Temer e os três anos e cinco meses da gestão do atual presidente, Jair Bolsonaro.
Inflação sobe, renda cai
A inflação deu um salto com a economia sob a batuta do ministro Paulo Guedes: Nos 12 meses até março deste ano, o IPCA saltou 11,3%. Em 2021, o crescimento foi de 10,06% e em 2018, ainda sob o governo Temer, a inflação foi de 3,75%.
“Essa crise gerada pelo atual governo elevou a inflação, a carestia arrasa com as famílias, gás por R$ 140 em média, energia, gasolina, carne, legumes, arroz, feijão, frutas, legumes e hortaliças que não param de subir. Cenoura por R$ 15 o kg. Remédios a preços absurdos, falta de saúde pública para atender a população mais carente, falta de vacinas no início da pandemia que ceifou a vida de mais de 660 mil brasileiros e brasileiras. E Isso vai continuar. Nós é que teremos que frear tudo isso com nosso voto e saindo às ruas”, diz Ricardo Saraiva Big, secretário geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e secretário de Relações Internacionais da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.
Em entrevista ao G1, o economista Fabio Louzada, analista CNPI e CEO da escola Eu Me Banco, disse que o brasileiro parece “sentir mais” o peso da inflação porque vivemos “o pior cenário em termos de inflação versus reajuste de salários.”
A renda média dos brasileiros no último trimestre de 2021 foi de R$ 1.378 em regiões metropolitanas. É o menor valor da série histórica do boletim Desigualdade nas Metrópoles, iniciada em 2012, mesmo com aumento da população ocupada.
Crédito: Atlas da Saúde
Fonte: SEEB do RJ com edição da comunicação do SEEB de Santos e Região
Escrito por: Carlos Vasconcellos