De acordo com a pesquisa CNDL/SPC Brasil, em julho, o tempo de inadimplência aumentou de 91 dias para 1 ano (36,19%); 15,72 milhões de devedores tinham entre 30 e 39 anos; 50,84% eram mulheres e 49,16%, homens
Quatro em cada dez brasileiros adultos (39,17%), ou 63,27 milhões de pessoas estavam negativadas em julho de 2022, crescimento de 16,50% em relação ao mesmo período de 2021, segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgados nesta segunda-feira (22).
Este é maior índice de inadimplência apontado pela série histórica do levantamento, realizado há oito anos. No último mês, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 8,70% em relação ao mesmo período do ano anterior.
E a expectativa é de que o cenário de crescimento da inadimplência se mantenha no país por algumas razões, entre elas, a inflação alta, a economia paralisada e a queda da renda constatada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta também crescimento de emprego sem direitos e informalidade.
De acordo com a pesquisa CNDL/SPC Brasil, o tempo de inadimplência aumentou de 91 dias para 1 ano (36,19%).
Cresceram as inclusões de novos devedores, a maioria na faixa etária de 30 a 39 anos (24,03%). São 15,72 milhões de pessoas nesta faixa etária registradas em cadastro de devedores, o que equivale a 45,96% do total.
Em julho de 2022, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 3.638,22 na soma de todas as dívidas para diversas empresas.
Quase quatro em cada dez consumidores (34,51%) tinham dívidas de até R$ 500, percentual que chega a 49,35% se somadas as dívidas de R$ 500 a R$ 1.000.
Do total de inadimplentes, 50,84% eram mulheres e 49,16%, homens.
Para quem mais devem os brasileiros
O levantamento constatou um aumento de 30,19% nas dívidas com os bancos;
Em segundo lugar, estão as dívidas com água e Luz (7,20%).
Já as dívidas com o setor credor de Comunicação (-10,34%) e Comércio (-3,27%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.
Crédito: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil
Fonte: Redação CUT