Representantes do banco espanhol ainda não têm posicionamento sobre reivindicações dos trabalhadores que cobram melhorias no Programa Próprio de Remuneração Santander, reajuste nas bolsas de estudos e fim das metas
Prosseguem sem avanços as negociações entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) com a direção do Santander sobre o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Na quinta, 20, os negociadores do banco não trouxeram respostas às reivindicações dos trabalhadores, mesmo estando com a pauta desde maio. Afirmaram apenas que voltariam a analisar temas do documento. Não há data para nova rodada.
Os dirigentes sindicais insistiram que os funcionários têm de receber valores maiores que em anos anteriores pelo Programa Próprio de Remuneração Santander (PPRS); que o valor das bolsas de estudos tem de ser reajustado, entre outros temas.
Outro ponto considerado relevante pela COE é que o Santander volte a considerar os filhos com idade de 21 a 24 como dependentes do funcionário no plano de saúde. De forma unilateral, o banco os enquadrou como agregados, obrigando muitos bancários a retirá-los do convênio médico devido ao alto custo financeiro.
O Santander é o único entre os grandes bancos que tomou essa medida. Verdadeira punição aos bancários que têm filhos nessa idade, pois não conseguem arcar com essa despesa. A reivindicação do movimento sindical é que, comprovando que estão estudando e desempregados, prossigam na categoria de dependentes pelo convênio.
Aposentados cobram abono
Outro ponto da negociação foi a remuneração de cerca de 6 mil funcionários aposentados pelo Banespa. Esse grupo tem assegurado em acordo que os resultados das campanhas salariais sejam utilizados para corrigir os complementos de seus benefícios.
Para o acordo deste ano, os bancos – entre eles o Santander – propuseram o índice de 8% mais abono de R$ 3.500 para os salários. No entanto, o banco espanhol se nega a pagar o abono aos aposentados.
O Santander usou o regulamento quando aplicou o reajuste zero dos funcionários da ativa aos aposentados no início dos anos 2000. O movimento sindical quer que o Santander utilize esse mesmo regulamento agora, garantindo a equivalência salarial entre ativos e aposentados.
Fonte: Com informações do Seeb SP