Após nove rodadas de negociação, sem acordo, bancários de todo o país entraram em greve por tempo indeterminado na última terça-feira (18). No primeiro dia de paralisação, 5.132 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram fechados em 26 estados e no Distrito Federal.
O número já é superior ao primeiro dia de greve do ano passado, quando o atendimento ao público foi interrompido em 4.191 agências.
São mais de 130 sindicatos, que participam desse processo, com 530 mil bancários em todo o país. E assim como no ano passado, a tendência da greve é a cada dia de silêncio dos bancos e da Fenaban [Federação Nacional dos Bancos], é dessa greve aumentar ainda mais.
Entre as principais reivindicações do movimento estão o reajuste salarial de 10,25%. De acordo com os grevistas, a proposta feita pela Fenaban concederia reajuste de apenas 0,58% acima da inflação.
Os bancários ainda exigem maior participação nos lucros e resultados (PLR), mais segurança nas agências, fim das metas abusivas e da rotatividade, além de plano de cargos e salários para toda a categoria.
Enquanto os bancos estão se recusando a dar aumento aos seus trabalhadores eles estão ampliando a remuneração dos seus executivos em 9,7%, que no ano passado receberam R$ 7,4 milhões. Este ano alguns deles já irão receber R$ 8,4 milhões.
Fonte: Radioagência NP