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Greve pode ser histórica caso banqueiros mantenham intransigência

15 de outubro de 2015

A greve dos bancários de 2015 pode ser histórica caso bancos mantenham a intransigência em não negociar, por conta da ganância, explica Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região. Além dos bancários da Baixada Santista, estão em greve os trabalhadores de 26 estados e mais o Distrito Federal.
 
A greve nacional chega ao seu 11º dia, nessa sexta-feira (16), e os banqueiros estão calados, não negociam um reajuste que reponha a inflação anual, muito menos um índice para repor perdas salariais dos últimos anos impostas aos funcionários dos bancos públicos.
 
“Os bancos estão apostando no quanto pior melhor. Não têm responsabilidade social alguma. Pouco importa se o povo sofre, o trabalhador amarga a falta de dinheiro para ter alguma qualidade de vida ou se falta comida na mesa de sua família”, diz Big. Além disso, o comércio e a indústria também são afetados com a falta de distribuição de renda acumulada pelos bancos. Setores que aumentaram os salários de seus trabalhadores acima da inflação, segundo o Dieese.

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A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 5,5% é bem inferior ao índice de inflação de 9,88% medido pelo INPC, de 01 de setembro/2014 a 30 de agosto/ 2015 (período medido para o dissídio). Porém, os bancos cobram os maiores juros em 20 anos, segundo o Procon. Os juros do cheque especial chegaram a 12,28% no mês em outubro – a maior marca desde setembro de 1995 – quando a taxa era 12,58%.

 
Setores com lucros menores pagaram acima da inflação
 
Outros setores da economia, com lucros muito menores e sem comparação aos dos bancos – e em alguns casos apresentaram prejuízos –, pagaram aumento acima da inflação aos seus trabalhadores, como mostra balanço das campanhas salariais do primeiro semestre, realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística de Estudos Socioeconômicos).

O Comércio, por exemplo, que registrou quedas no faturamento e nas vendas no primeiro semestre do ano, fechou 76% de seus acordos com reajuste acima da inflação para os funcionários. No setor de Serviços, que também sofreu perdas, os ganhos acima da inflação foram observados em 74% dos acordos. E a Indústria, outra área com recuos no desempenho, fechou 61% das campanhas com reajustes acima da inflação nos primeiros seis meses do ano.

O Dieese considerou 302 unidades de negociação, privadas e estatais. Desse total, 69% resultaram em reajustes acima da inflação, 17% foram iguais à inflação do período e somente 15% foram abaixo.

 

Mais de R$ 36 bilhões de lucros liquídos!

Os banqueiros possuem condições para atender as reivindicações. Porque exploram a população cobrando 403,5% ao ano no cartão de crédito, 253,2% ao ano no cheque especial, tarifas exorbitantes a custa da miséria do trabalhador. Os cinco maiores bancos que atuam no Brasil lucraram R$ 36,3 bilhões no primeiro semestre.

 

Dados nacionais da categoria

Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o País. São mais de 512 mil bancários no Brasil.

 

Principais reivindicações da Campanha Salarial 2015

A categoria reivindica reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de reposição salarial), PLR, piso e vales maiores, fim das metas e do assédio moral, mais segurança, 14º salário entre outros itens. No entanto, o setor que mais lucra no país ofereceu 5,5% e abono único de R$ 2.500, o que representa perda de mais de 4% diante da inflação de 9,88%.

Fonte: Imprensa Seeb Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita

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