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Greve Geral demonstra insatisfação com Reforma e corte na educação

14 de junho de 2019

A Greve Geral, mesmo com a truculência da polícia, demonstrou a insatisfação dos trabalhadores e estudantes com a Reforma da Previdência onde quem paga o pato são os mais pobres, destruição da educação pública, desemprego, recuo da economia e alta de preços

A Intersindical Central da Classe Trabalhadora e o Sindicato dos Bancários de Santos e Região estiveram à frente da Greve Geral, nesta sexta-feira (14/06), que juntamente com a CUT, sindicatos, estudantes e movimentos populares paralisaram as duas pistas da entrada da cidade de Santos, na altura do cemitério do Saboó, das 4h50 até 7h da manhã. No final da manhã os manifestantes juntaram-se aos petroleiros no prédio sede da Petrobrás, no Valongo, centro da Cidade. As paralisações reuniram cerca de 200 pessoas.

 

O que demonstrou a insatisfação dos trabalhadores com a reforma da Previdência que vai tornar a aposentadoria muito difícil de ser conquistada, além de rebaixar os valores pagos, inclusive aos atuais aposentados. Os estudantes também estiveram presentes contra os cortes na educação e um futuro sem aposentadoria.

 

“A população também não aguenta mais o desemprego e a alta de preços de produtos essenciais como a gás de cozinha, a energia elétrica e tudo que gira em torno da gasolina como alimentação, por exemplo. Sem falar da diminuição do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,2%, ou seja, o recuo da economia e mais pobreza”, reitera Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

 

“Existe um projeto mundial de ataque a todos os direitos dos trabalhadores por conta de uma crise mundial do capitalismo. Precisamos construir uma alternativa de resistência contra os ataques da ultradireita no mundo e a instalada no Brasil. O objetivo deles é um só, explorar os trabalhadores e os mais pobres, para gerar e acumular mais riquezas aos bilionários. Não podemos deixá-los destruir nossas instituições. A maioria que está no Congresso e no STF pode não ser bom no momento, mas eles passam. As instituições devem continuar para sustentar a democracia e a liberdade. Ditadura nunca mais!” Disse Big, secretário de Relações Internacionais da Intersindical Central da Classe Trabalhadora e secretário geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

 

De acordo com Big, o movimento sindical classista não dará trégua enquanto não parar com esta Reforma, o corte na educação e todos os ataques aos trabalhadores.

 

Polícia ameaça com cassetetes e bombas

A polícia militar já estava de  prontidão desde às 4h no Saboó. O pelotão de choque chegou às 6h com escudos, bombas, balas de borracha e ameaçou reprimir com violência a paralisação pacífica. Depois de muita conversa com um oficial, os manifestantes abriram uma pista e seguiram em marcha até a Pça. dos Andradas. Em seguida foram para a Petrobrás, no Valongo, em solidariedade aos petroleiros. 

 

Adesão de categorias e Ato Unificado

Várias categorias aderiram na Baixada Santista, como os bancários, petroleiros, servidores públicos de Santos, professores e servidores do Judiciário Estadual. Hoje, ainda haverá um Ato Unificado com os estudantes na Estação da Cidadania, na Av. Ana Costa, 340, às 17h.

Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita

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