No 2º dia de greve (7/10), os bancários repetiram o dia anterior e cruzaram os braços em 90% das agências de Santos e Cubatão; 70% em São Vicente, Guarujá e Praia Grande. Em Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe e Bertioga foram 50%. Do total de 3.995 da categoria ativa na Baixada Santista, 3.135 pararam.
Segundo Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, este início de greve demonstra que tanto os bancários como a população estão insatisfeitos com os bancos. “Todos sabem que os banqueiros são intransigentes e são os responsáveis por este impasse. Sabem que eles possuem condições para atender nossas reivindicações. A população não aguenta mais os bancos cobrarem 403,5% ao ano no cartão de crédito, 253,2% ao ano no cheque especial, tarifas exorbitantes que garantem lucros fantásticos, a custa da miséria do trabalhador”, diz Big.
“Fazer esta proposta de redução de mais de 4% dos nossos salários é um insulto aos bancários e falta de coerência com os lucros recordes obtidos com crise ou sem crise. Os cinco maiores bancos que atuam no País lucraram 36,3 bilhões no primeiro semestre”, revela Eneida Koury, Secretária Geral do Sindicato.
A proposta de 5,5% de reajuste da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é quase metade da inflação acumulada de 9,88%. O lucro líquido de R$ 36,3 bilhões, alcançado por BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander; é 27,4% maior que o obtido no mesmo período de 2014.
Greve forte na região
– Em Santos e Cubatão 90% dos bancários cruzaram os braços por melhores condições de trabalho e reajuste digno. O que significa mais de 2.000 bancários parados;
– Em São Vicente, Guarujá e Praia Grande foram 70%, ou seja, mais de 800 cruzaram os braços;
– Por último, em Bertioga, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe foram 189, 50% de paralisação.
O total de agências da base do Sindicato dos Bancários de Santos e Região é 228 e os postos de atendimento bancário são 72, totalizando 300. A categoria é estimada em 3.995 trabalhadores.
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Principais reivindicações da Campanha Salarial 2015
Remuneração
Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de perdas salariais); PLR: Três salários mais R$7.246,82 ; Piso do Dieese: R$3.299,66 (junho/2015); vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional) e melhores condições de trabalho com o fim das metas e o assédio moral.
Emprego
Fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate as terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas; plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários; auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Fonte: Imprensa Seeb Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita