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Greve dos bancários continua segunda, 19

16 de setembro de 2016

Os bancários estão aumentando as paralisações e vão para 14º dia de greve contra a intransigência dos bancos, que querem impor aumento abaixo da inflação. Até demissão ilegal houve, no Santander, e foi revertida pelo Sindicato nesta sexta (16)

Numa demonstração de truculência e intransigência, o Santander demitiu ilegalmente, dia 13/9 (terça), um funcionário da agência Santos em plena greve, quando todos os contratos são suspensos por força do Artigo 7º, da Lei de Greve (7.783/1989). Imediatamente a diretoria do Sindicato acionou seu departamento jurídico, que obteve liminar de reintegração na 1ª Vara do Trabalho de Santos, nesta sexta-feira, 16. 

O banco, irresponsavelmente e contrariado com o travamento total da agência, segundo denúncias, enviou recado por meio do superintendente Guedes para que os funcionários passassem por cima dos diretores e bancários que estivessem na porta das unidades do Santander, talvez com objetivo de criar uma guerra entre colegas. Um ato desqualificado para um profissional caso seja comprovado.

“Com calma e consciência, os diretores do Sindicato dialogaram com os colegas bancários e bancárias e nada de pior aconteceu. Existem líderes e líderes. A guerra entre fraternos (colegas trabalhadores) não pode existir. Atos como estes do Santander merecem total repúdio da categoria e dos trabalhadores”, afirma Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

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Negociação

Em rodada de negociação ocorrida em São Paulo na quinta-feira, 15, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou nenhuma proposta para a categoria bancária. Além disso, a reunião chegou ao fim sem que uma nova negociação fosse agendada. Esta foi a 8º rodada de negociação desde a entrega da pauta, em 9 de agosto. Os bancos, irredutíveis, continuam oferecendo 7% e abono de R$ 3,300.

“A intransigência impera entre os banqueiros, que tentam rebaixar o piso e os salários de nossa categoria com reajuste abaixo da inflação mesmo obtendo lucros recordes e bilionários nas últimas décadas. Os cinco maiores bancos obtiveram o lucro mais alto, entre todos os setores da economia, no 1º semestre: R$ 29,7 bilhões (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa). Em 2015, foram 69,9 bilhões. E com ironia dizem que só podem reajustar abaixo da inflação medida pelo INPC de 9,62% (medida no período de 1º/9/15 até 31/8/16) junto com abono perverso” lembra Eneida Koury. A greve é unificada, nacional e por tempo indeterminado!

 

A perversidade do Abono Salarial

O abono é uma estratégia utilizada pelas empresas para achatar os pisos de ingresso e não recompor o poder de compra dos salários, com o objetivo claro de acumular lucro. Vale ressaltar que o abono reflete de forma negativa e produz perdas sobre o 13° salário, férias, INSS, FGTS, PLR, sendo que após um ano não existirá mais e as perdas inflacionárias persistiram nos salários. O valor apenas resolve os problemas imediatos do mês. E sendo assim, os bancos não contabilizam a quantia na folha seguinte.

“Sempre é bom salientar que a culpa da greve é dos bancos, que apesar do lucro bilionário, dos altos juros e das tarifas abusivas, não dão contrapartida à sociedade e querem enfiar goela abaixo do trabalhador reajuste abaixo da inflação”, diz Ricardo Saraiva Big, Secretário Geral do Sindicato.

 

Principais reivindicações dos(as) Bancários(as)

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de reajuste;

PLR: 3 salários mais R$8.317,90;

Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);

Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo);

Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês;

13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês;

Melhores condições de trabalho com o fim das metas e do assédio moral que adoecem os bancários;

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs)

Fonte: Imprensa Seeb Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita

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