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Greve dos bancários começa forte na Baixada Santista

30 de setembro de 2014

No 1º dia de greve 90% das agências de Santos (101) são paralisadas e 70% nas outras cidades da região

Os bancários de Santos e região (São Vicente, Cubatão, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe) iniciaram uma greve forte na Baixada Santista, nesta terça-feira, 30/09/14. Cerca de 90% das unidades de Santos, maior centro financeiro do litoral paulista, amanheceram paralisadas. Nas outras cidades a média foi de 70% de agências fechadas, segundo o Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Ricardo Saraiva Big, que também é Secretário Relações Internacionais da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora.

“Na Baixada o número de bancários gira em torno de 4 mil trabalhadores, que estão alocados em 280 pontos de atendimento, entre agências e postos localizados nas nove cidades da nossa base. A greve teve a adesão maciça da categoria que não aguenta mais ser enrolada, pressionada e maltratada pelos patrões banqueiros. Os bancos ganharam somente no primeiro semestre quase 30 bilhões de lucro líquido com o suor dos bancários. Exigimos mais segurança, fim das metas, fim das demissões, reajuste de 12,5% e outras reivindicações. A greve é por tempo indeterminado”, afirmou Big.

Ainda conforme Big, a tendência é a greve aumentar nos próximos dias, caso os banqueiros não acenem com nova proposta que contemple a categoria! “Todo o ano os bancos têm lucros estratosféricos e apresentam migalhas para os trabalhadores. Os banqueiros são os verdadeiros responsáveis por qualquer transtorno, pois eles empurram os bancários para a greve, mesmo com os cofres cheios. Aliás, são os mais cheios de todos os setores seja energético, petrolífero, de minérios ou qualquer outro da indústria”, finaliza Big.

Propostas dos banqueiros rejeitadas na mesa de negociação

A última proposta da Fenaban de 7,35% de reajuste e 8% para o piso foi rejeitada na mesa de negociação pelo Comando Nacional dos Bancários. O encontro aconteceu sábado (27/9), em São Paulo.

A primeira proposta da Fenaban, apresentada em 19/9, era de 7% de reajuste para a categoria e 7,5% para o piso. Ela foi rejeitada na assembleia de quinta-feira (25/9), que deflagrou a greve.

A nova proposta econômica dos bancos rejeitada pelo comando nacional dos bancários

Reajuste de 7,35% 

Piso escritório após 90 dias – R$ 1.779,97

Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.403,60 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa).

PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 1.818,51, limitado a R$ 9.755,42. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.461,91.

PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.637,02.

Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 2 de março de 2015.

Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.091,11, limitado a R$ 5.853,25 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro.

Parcela adicional – 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2014, limitado a R$ 1.818,51.

Auxílio-refeição – R$ 24,88.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 426,60.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 355,02.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 303,70.

As principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 12,5%.

> Piso do Dieese: R$ 2.861,55.

> PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.

> 14º salário.

> Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.

> Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.

> Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.

> Fim das metas.

> Combate ao assédio moral.

> Isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde.

> Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria.

> Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

> Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Crédito: Fernando Diegues
Fonte: SEEB de Santos eRegião

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