A greve nacional segue agora para responsabilizar Iván Duque, presidente da Colômbia, pelo crimes contra manifestantes, que conta com 30 mortes registradas, 40 desaparecimentos, 450 detidos e torturados e 800 feridos
Entre cânticos, bandeiras com as cores da Colômbia e outras apenas na cor branca, além de cartazes com frases de protesto contra aumento de impostos, a fome e por mais recursos para saúde e educação, trabalhadores e trabalhadoras foram as ruas de Bogotá, quarta-feira (5), para mais um protesto contra a proposta de reforma tributária do governo de Iván Duque, que visa reduzir e /ou eliminar muitas isenções fiscais, como aquelas sobre a venda de produtos.
A proposta favorece os ricos enquanto pressiona mais os trabalhadores. Os manifestantes também exigem uma renda básica universal, melhorias no sistema de saúde, pensões e melhor gestão da pandemia do novo coronavírus.
Os dirigentes sindicais da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, no Brasil, enviaram uma nota de solidariedade aos trabalhadores e ao consulado para que o governo de Ivan Duque cesse a repressão policial.
Nota de Solidariedade
Segundo trechos da nota a Intersindical afirma que a a proposta de Reforma Fiscal de caráter neoliberal apresentada pelo presidente Iván Duque foi o motivo inicial das grandes mobilizações na Colômbia. Seguindo as orientações da oligarquia financeira, tal proposta teve como finalidade transferir para os ombros dos trabalhadores o peso da dívida, gastos militares e despesas públicas em geral, aumentando tributos sobre as camadas médias e baixas da sociedade.
A proposta de reforma foi retirada pelo governo, um recuo realizado depois de violentos enfrentamentos entre as forças policiais e as manifestações populares. Um nova proposta de reforma fiscal já foi anunciada pelo governo, porém não há nenhuma garantia que terá um caráter tributário mais justo.
A greve nacional segue agora para responsabilizar Duque pelo crimes contra manifestantes, que conta com 30 mortes registradas, 40 desaparecimentos, 450 detidos e torturados e 800 feridos. Internacionalmente, o governo colombiano tem sido censurado pelo uso criminoso e desproporcional da força estatal contra a cidadania.
Os protestos denunciam ainda os altos gastos militares de Iván Duque e sua relação com paramilitares, que tem como objetivo participar do processo de desestabilização da República Bolivariana da Venezuela a mando de Washington.
Crédito: Reprodução Twitter
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região com SEEB de Brasília