Movimento sindical critica o uso político da estatal como ferramenta de campanha eleitoral. “Lançar programas que já existem e anunciá-los em discurso eleitoral é fazer do banco público um comitê de campanha”, diz
Sergio Takemoto, presidente da Fenae, critica o uso político da estatal como ferramenta de campanha eleitoral. “Lançar programas que já existem e anunciá-los em discurso eleitoral é fazer do banco público um comitê de campanha”, afirma. “Não há como separar esta ação com o claro interesse nas eleições. A Caixa e as políticas públicas que ela opera estão sendo capitalizadas como propaganda política. Isto é inaceitável”, reforça Takemoto, em referência ao (re)lançamento do ‘Você no Azul’, por exemplo.
Na última semana, o presidente da República, que tenta reeleição, anunciou o programa de renegociação de dívidas como sendo uma novidade. O ‘Você no Azul’, contudo, já existe na Caixa desde 2019. Na avaliação do presidente da Fenae, o momento em que o programa foi retomado, em um contexto político, é inapropriado.
O ‘Você no Azul’ foi criado em 2019 para a renegociação de dívidas de pessoas físicas e jurídicas. Os descontos chegam a 90% do total da dívida.
Sergio Takemoto também cita outros programas e políticas públicas que já existiam na estatal e vêm sendo usados como medida eleitoreira. É o caso do ‘Caixa para Elas’ – nome criado como vitrine para atrair o público feminino; mas, produtos financeiros do programa já eram oferecidos pelo banco.
As recentes mudanças no [extinto] programa habitacional Casa Verde e Amarela – para permitir o uso de emendas parlamentares no pagamento de entrada nos financiamentos – também é visto como uso da máquina pública para fins políticos. “São programas fundamentais como políticas públicas para a população, mas não podem ser usados dessa maneira”, alerta o presidente da Fenae.
Fonte: recontaaí por Fenae