O Sindicato dos Bancários de Santos e Região iniciou a campanha pela priorização dos bancários na vacinação, em janeiro. Ganhou reforço nacional do movimento sindical, da Fenaban e de deputados, em março, mas o governo não tomou ciência. É fundamental vacinar trabalhadores, que como os da saúde, estão na linha de frente para atender a economia e a população em geral, diz Eneida Koury, presidente do Sindicato
“Desde janeiro, o nosso Sindicato enviou ao Ministério da Saúde pedido para priorização dos Bancários da Baixada Santista. Em março ganhou reforço com a solicitação da categoria nacionalmente e de alguns deputados federais”, diz Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Desde o ano passado, o Sindicato dos Bancários de Santos e Região vem fazendo uma campanha de prevenção para que os bancos sigam os protocolos firmados entre o comando nacional da categoria e a Fenaban, em março de 2020. Isto culminou num avanço quando, em janeiro de 2021, foram protocolados ofícios em todas as prefeituras da Baixada Santista para inclusão dos bancários na prioridade da vacinação. E, agora, com uma proposta da Fenaban por um protocolo padronizado e unificado dos bancos nacionalmente.
Além disso, também foi enviado, em janeiro deste ano, o mesmo ofício ao Ministério da Saúde. Entretanto, a maioria das prefeituras não respondeu ao pedido, as que responderam disseram que seguem o calendário proposto pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, que também não tomou ciência das solicitações.
Sindicato ganhou reforço do movimento sindical nacional e Fenaban
O movimento sindical nacional dos bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) solicitaram ao Ministério da Saúde inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19, seguindo os passos do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
“O governo não se sensibilizou com o reforço de pedidos do movimento sindical nacional, seguido pela Fenaban e deputados. Enquanto isso a categoria segue exposta ao vírus. Não dá para entender que o governo considere-a como essencial, mas não prioritária na vacinação. Nossa luta sempre será incessante”, finaliza Eneida.
Deputados também pediram inclusão da categoria
Também em março, na emenda 24, o deputado Pedro Uczai (PT/SC) solicita a inclusão de toda a categoria na lista de prioridades do Programa Nacional de Imunização. Ele considera que a vacinação da categoria vai contribuir para diminuir a disseminação do vírus. E citou o trabalho dos empregados da Caixa durante o pagamento de benefícios para conter a crise causada pela pandemia, atendendo 120 milhões de brasileiros. “Somam-se a isso as demandas cotidianas do banco público, que é também o responsável pela administração do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e de programas sociais que atingem uma grande massa populacional, atividades essenciais para a sobrevivência da população”, diz o documento.
Na emenda 25, apresentada pelo deputado Luiz Carlos Motta (PL/SP), o texto enfatiza que a vacinação dos bancários também é uma medida para proteger a população. “No momento em que temos tido notícias de colapso no sistema de saúde e medidas restritivas de circulação de pessoas no país e isso proporcionará para a população o recebimento das novas parcelas do auxílio emergencial de forma segura e organizada”.
O deputado Tadeu Alencar (PSB/PE) justificou o pedido em função do atendimento presencial dos empregados durante o pagamento do auxílio emergencial e de outros programas de enfrentamento à crise causada pela pandemia. “Essa exposição, naturalmente, caracteriza a atividade dos profissionais responsáveis pelo atendimento ao público como uma atividade de risco. De fato, como noticiado, o número de contaminação dos funcionários foi elevado e motivo imediato de preocupação para suas saúdes e para o bom funcionamento da política pública de socorro financeiro à população”.
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região e Fenae