Trabalhador deve estar atento e se informar pelos canais de comunicação das entidades representativas para evitar ser manipulado e apoiar o fim da própria aposentadoria
O governo Temer “trabalha” em várias frentes para aprovar a reforma da Previdência, que afasta milhões de brasileiros da aposentadoria pública. Libera verbas para parlamentares comprometidos com a aprovação do projeto; condiciona liberação de financiamentos da Caixa para estados e municípios ao apoio dos respectivos governadores à reforma; inunda a televisão com peças publicitárias que defendem a proposta, já consideradas enganosas em decisão judicial. E, agora, encontrou uma nova forma para tentar fazer a população apoiar o fim da própria aposentadoria: uma parceria com o Google.
“Funcionaria mais ou menos assim: um trabalhador rural que colocasse o termo “previdência” no mecanismo de busca receberia o conteúdo que explica, por exemplo, que essa categoria não será afetada pelas mudanças”, relata a repórter Juliana Braga na coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo.
De acordo com Juliana, o governo estaria especialmente interessado no Youtube, plataforma que hoje possui a segunda maior audiência do país, perdendo apenas para a TV Globo.
Se essa ´parceria` se confirmar estaremos diante de uma nova forma do governo manipular a opinião pública em favor dos seus interesses, que nada tem a ver com os interesses do país em termos de desenvolvimento econômico e social. É o abuso do poder econômico, que nesse caso emana do dinheiro dos nossos impostos, utilizado para acabar com os nossos direitos.
As fake news, a forma como redes sociais limitam o alcance das publicações, a utilização de robôs para impulsionar publicações e agora esse tipo de parceria entre governo e o maior buscador da internet evidenciam que é cada vez mais necessária toda cautela ao basear nossos posicionamentos utilizando a rede mundial de computadores como ferramenta principal. Ao acessar um conteúdo indicado pelo Google em uma busca temos de nos atentar para algumas questões: quem é o autor, quem é responsável pelo site onde o conteúdo está hospedado e quais podem ser as suas intenções.
Fonte: Com informações do Seeb SP