O Governo Federal aumentou em 50% a possibilidade de participação de capital estrangeiro no Banco do Brasil, por meio de decreto publicado hoje (25/10) no Diário Oficial da União. Antes da determinação, o limite de entrada de dinheiro de fora era 20% e agora pode chegar a 30% do capital ordinário do banco.
No texto, que conta com apenas três parágrafos, alega-se que a medida é de interesse do governo brasileiro. O documento é assinado pela presidente Dilma Rousseff, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega e pelo Diretor de Assuntos Especiais do Banco Central, Luiz Edson Feltrim e já passa a valer a partir desta sexta-feira.
A taxa de 20% tinha passado a valer a partir de 2009. Antes o percentual máximo permitido era de 12,5%. A secretária-executiva do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, e funcionária do Banco do Brasil, Eneida Koury, comentou sobre os atuais métodos de gerenciamento utilizados na instituição.
“O Banco do Brasil, ao abrir para o capital privado, introduz a lógica do lucro cada vez maior e aplica na gestão do banco um modelo privado de gestão. Essa forma de gerenciamento resulta em menos condições de trabalho para os bancários, assédio para o cumprimento de metas sem fim e redução de custos. O grande objetivo é dar lucro apenas aos acionistas, sejam nacionais ou estrangeiros. Queremos a estatização do sistema financeiro.”
No primeiro semestre o Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 10 bilhões, o que lhe garantiu o primeiro lugar entre os seis maiores bancos do País. O valor conseguido apenas pelo Banco do Brasil representa quase 1/3 dos R$ 29,6 bilhões de lucro líquido das seis instituições financeiras. É preciso dizer não à privatização que ocorre no Governo Dilma, como a do Petróleo e agora do Banco do Brasil, que tem mais de 200 anos de fundação.
Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região com informações da Agência Brasil