Funcionários denunciam pressão para tirarem apenas 20 dias de descanso; cobrada por sindicalistas, direção do banco negou qualquer instrução nesse sentido e se comprometeu a reorientar gerentes.
Por um lado os bancários do Santander conquistaram uma antiga reivindicação este ano: o parcelamento do adiantamento de férias. Mas por outro, muitos deles não conseguem sequer usufruir o direito legal de tirar 30 dias seguidos de descanso. É o que denunciam funcionários de agências e departamentos do banco espanhol.
Segundo essas denúncias, os empregados são impedidos pelos gestores ou coagidos a não tirar um mês completo de descanso. Para piorar, os gerentes de relacionamento contam que ainda são obrigados a bater as metas do mês inteiro nos primeiros 10 dias do mês antes de sair de férias.
Cobrada pelo movimento sindical, a direção do banco negou que tenha dado aos seus gestores qualquer instrução nesse sentido. Um superintendente se comprometeu, ainda, a reorientar todos os gerentes a fim de evitar qualquer tipo de coação, imposição ou pressão sobre os dias de descanso dos funcionários.
O trabalhador tem o direito legal de tirar suas férias em 30 dias, ou, se preferirem folgarem 20 dias e vender os outros 10. E os gestores não têm qualquer poder sobre essa decisão única e exclusiva do empregado.
Assim, os bancários têm um estímulo a mais para tirar os 30 dias seguidos de férias. O acordo coletivo aditivo dos trabalhadores do Santander, assinado na quinta-feira 1º, garante o parcelamento do adiantamento de férias em até três vezes sem juros.
Fonte: Com informações SEEB SP