Reunião também discutiu o descomissionamento pós-pandemia
Banco de horas negativas, protocolos da covid-19 e descomissionamento foram os três pontos da pauta da reunião entre Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e a direção do banco, na manhã de ontem, quinta-feira (26).
O Banco do Brasil ainda não apresentou o quadro atualizado da quantidade de horas negativas que os bancários têm de fazer a compensação até meados de 2023. Porém, é sabido que há muita quantidade ainda de horas a serem compensadas. Na regra atual, alguns trabalhadores demorariam mais de cinco anos para compensar, se fizessem uma hora por dia, todos os dias. O movimento sindical está negociando a falha de projeto do banco.
Protocolos da covid-19
Com o aumento de casos positivos da covid-19 em todo o Brasil, os representantes dos funcionários solicitaram um reforço na importância do cumprimento dos protocolos em caso de funcionários positivados, pois há denúncias de que não está sendo cumprido o manual de trabalho presencial. O banco se comprometeu a passar para as áreas responsáveis pedido de reforço na divulgação e ficou de retornar ao movimento sobre um novo manual e de que forma serão feitas as orientações.
O banco também se comprometeu em endereçar para a mesa de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a preocupação levantada pelos representantes acerca dos grupos de risco, tendo em vista um aumento crescente nos casos de covid-19 em todo o país. Tais questões também serão levadas para conhecimento e análise das equipes de saúde do BB. Enquanto isso, os casos pontuais continuaram sendo tratados com a Diretoria de Gestão de Pessoas (Dipes), com o acompanhamento dos sindicalistas.
Descomissionamento
O banco informou que as análises de casos para descomissionamento começou na última segunda-feira (23) e garantiu que não haverá nenhum movimento de perda de comissão em massa, mas pontuou a necessidade de tratar casos muito específicos em que o descomissionamento seria iminente.
Sindicalistas lembraram que a redução no quadro de funcionários do BB seria muito prejudicial a todos, já que o número de trabalhadores é insuficiente para atendimento das demandas. E que o Acordo referente a prevenção a covid-19 garantiu uma maior proteção ao quadro funcional no período de vigência da Espin (Estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional).
A preocupação é grande com os descomissionamentos que possam ocorrer agora, neste momento difícil da economia, com inflação em alta. Os sindicalistas estão acompanhando de perto todos os passos da diretoria do BB.
O movimento sindical cobrou ainda uma explicação pelo grande número de novos bancários do BB que não permaneceram após o período probatório, ainda mais que a empresa precisa aumentar seu quadro de funcionários.
Fonte: SEEB do RJ com edição da Comunicação do SEEB de Santos e Região