Financiários realizam 4ª Conferência Nacional em busca de representatividade da categoria
Se organizar como categoria para resistir à retirada de direitos. Essa foi a definição da 4ª Conferência Nacional dos Financiários, realizada na tarde de ontem, quarta-feira (11), em formato eletrônico. A programação contou com debates sobre remuneração, emprego e condições de trabalho. Segundo os sindicalistas é preciso iniciar a preparação para a negociação do próximo ano, que será dura.
Com a crise econômica a que foi levado o país, houve redução de postos de trabalho dos financiários. Algumas financeiras viraram bancos e agora os patrões querem retirar direitos conquistados.
Saúde do trabalhador foi o tema da primeira mesa do evento. Foi levantado que muitos trabalhadores ficaram com sequelas da Covid e isso é muito preocupante. Precisa ser monitorado e as financeiras precisam ser responsabilizadas pelo tratamentor e estabilidade de emprego.
Na sequência, a economista da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Catia Uehara, fez uma apresentação dos dados de emprego e remuneração do setor.
O Banco Central brasileiro tem 59 financeiras registradas. Juntas, elas tiveram mais de 2 bilhões de lucro em 2020. Apesar do valor chamar atenção, representa queda de 44,5% na comparação com 2019.
Rosângela Vieira, também economista da subseção do Dieese do Sindicato dos Bancários de São Paulo, completou a apresentação com dados sobre o número de estabelecimentos no Brasil.
Ao final, os delegados aprovaram a pauta específica de reivindicações dos financiários, que será encaminhada à Fenacrefi.
Fonte: Contraf com edição da Comunicação SEEB de Santos e Região