Após a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentar contraproposta de reajuste de 6,1% aos bancários, a adesão da categoria à uma paralisação será inevitável.
O recado é do presidente do Sindicato dos Bancários, Ricardo Saraiva, o Big, que ficou bastante insatisfeito com a proposta feita pela instituição. Apesar da ameaça, o sindicalista afirma que não há data confirmada para o início da greve. Nos anos anteriores, os bancários cruzaram os braços nos meses de setembro e outubro.
”Nós buscávamos um reajuste de 11,93%. Com esse valor, a única forma de pressionar os banqueiros será paralisando as operações. Vamos discutir essa proposta em assembléia, mas a greve será inevitável”, comenta.
Além do reajuste sugerido pelos trabalhadores, que prevê a reposição da inflação, a pauta de reivindicações contempla Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15; piso salarial de R$ 2.860,21; vales-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 678,00.
Os trabalhadores cobram ainda o fim das demissões em massa, a ampliação das contratações e o combate às terceirizações.
Em 2012, com exceção dos bancários que atuam na Caixa Econômica Federal, a categoria ficou oito dias de braços cruzados, e setembro, e só aceitou retomar as atividades quando a Fenaban elevou o reajuste para 7,5%.
”Todo ano os banqueiros vêm com essa mesma ladainha. A proposta de reajuste de 6,1% da Fenaban é inaceitável. Vamos ter que parar”.
Fonte: A Tribuna On-line