A Federação Sindical Mundial (FSM) condena o golpe de estado praticado pela elite contra a democracia e contra a classe trabalhadora no Brasil, conforme votado pelos deputados federais no dia 17 de abril.
A FSM surgiu em outubro de 1945, em Paris, com a participação de 56 organizações nacionais de 55 países e 20 organizações internacionais, representando 67 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Sua sede está localizada em Atenas (Grécia).
Hoje a entidade conta com cerca de 80 milhões de membros em 120 países e se organiza na forma de Congresso Sindical Mundial, Conselho Presidencial e Secretariado, além de escritórios regionais (por continente) e as chamadas Uniões Internacionais Sindicais (UIS), que organizam os trabalhadores por categoria.
O Sindicato dos Bancários de Santos e Região e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, conforme aprovado pela categoria, são parceiros e integram a FSM.
O documento, traduzido
“A FEDERAÇÃO SINDICAL MUNDIAL (FSM) EM NOSSA AMÉRICA CONDENA ENERGICAMENTE O GOLPE DE ESTADO PARLAMENTAR NO BRASIL
Apoio ao legítimo governo deste país e seu povo trabalhador
A ameaça organizada por setores de direita e representantes da oligarquia brasileira, em conjunto com a imprensa reacionária e com o amplo apoio das transnacionais de comunicação e pelo imperialismo, concretizaram o primeiro passo de um golpe de estado parlamentar contra o governo democraticamente eleito no Brasil, chefiado por Dilma Rousseff. Acusações sem provas nem fundamentos jurídicos quebraram a democracia brasileira.
Assim, atacam importantes programas sociais com impactos perceptíveis à população mais pobre para implantar um governo neoliberal que acabe com as conquistas sociais alcançadas e que possibilite o roubo das riquezas naturais do povo brasileiro por parte das grandes empresas transnacionais, subordinando sua política externa aos interesses hegemônicos imperialistas.
Este novo tipo de golpe conspira contra o importante impulso dos governos de Lula e Dilma por um Brasil defensor de causas justas no plano internacional e inspirador da unidade e integração da América Latina e Caribe, que faz parte da contraofensiva reacionária contra o progresso da região e dirigido contra os BRICS, poderoso bloco que desafia a hegemonia estadunidense.
Neste momento em que está em marcha o golpe de estado parlamentar no Brasil, a Federação Sindical Mundial em Nossa América reitera seu forte apoio ao movimento sindical de luta brasileiro e sua solidariedade irrestrita ao povo e ao legítimo governo deste país irmão chefiado pela Presidenta Dilma Rousseff.
•FEDERACION SINDICAL MUNDIAL – REGIÃO DE A AMÉRICA LATINA E CARIBE
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Fonte: Com informações Sindicatos dos Químicos Unificados