Romero Jucá admitiu a estratégia de “fatiar” a Reforma da Previdência para garantir sua aprovação
Os ânimos dos golpistas estão melhores com as vitórias na aprovação da reforma trabalhista e na votação comprada das denúncias contra Michel Temer.
Agora, para agilizar o cronograma do golpe, Jucá admite a estratégia de fatiar a reforma da previdência para aprovar o fim da aposentadoria sem maiores polêmicas.
A aprovação da reforma trabalhista e a vitória comprada do governo na CCJ, durante a votação das denúncias contra Temer deram ânimo aos golpistas, que pretendem continuar a agenda de retrocessos contra os trabalhadores com a aprovação da reforma da previdência.
Entre os meses de maio e junho, especulou-se que o governo estudava a estratégia de diluir os pontos da reforma da previdência em diversos projetos, que seriam levados para votação de forma isolada, numa manobra mais fácil de aprovação do desmonte proposto. Apesar da especulação, a equipe econômica do governo negou qualquer passo nessa direção.
Agora, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) admite que essa estratégia pode ser aplicada para diminuir as rejeições vistas na proposta completa de reforma da previdência.
Segundo reportagem do Estadão, Jucá falou sobre a aprovação da reforma trabalhista no Senado e reconheceu que a reforma da previdência, impopular como está, tem grandes chances de não ir além da Câmara.
Seguindo esse raciocínio, Jucá defende que seja colocada em pauta uma discussão sobre os termos da reforma da previdência e reformulação de seus principais tópicos, para que o desmonte seja aprovado ‘por partes’, evitando que os partidos contrários a ela ganhem terreno e mais apoio popular.
Alguns deputados da base do governo afirmam que o melhor para esse momento seja manter um texto que proponha a fixação da idade mínima para aposentadoria no país, e após a aprovação deste, seriam votados outros pontos da reforma da previdência.
Neste novo modelo, a aprovação total dos termos da reforma da previdência golpista poderá se estender até 2018.
Fonte: “Previdência: Mitos e Verdades”