Casos de violência em agências nacionalmente refletem a redução de recursos para segurança e novas contratações
Na terça-feira, 1º de fevereiro, um bancário da agência central do Banco do Brasil da cidade de Uberaba (MG) foi agredido a golpes de capacete. Antes de partir para cima do trabalhador bancário, o autor do crime tentou quebrar equipamentos da agência, motivado pela demora no atendimento e queda do sistema.
Segundo sindicalistas bancários, casos de violência como este estão se tornando recorrentes em agências bancárias de todo o país. A queda no nível de segurança nos bancos tem acontecido porque, já há algum tempo, de forma irresponsável, os bancos estão tomando a iniciativa unilateral de reduzir os gastos neste setor, alegando altos custos, por exemplo, na manutenção de portas giratórias e de vigilantes, mesmo constatado que os bancos continuam obtendo lucros altíssimos.
O Comando Nacional dos Bancários tem feito pressões constantes à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nas mesas de negociações, contra o enxugamento de gastos na segurança de unidades e agências. “
Mudança do perfil
Transformação de agências em unidades de negócios, sem portas giratórias; manutenção de equipamentos obsoletos e redução no número de funcionários, são alguns dos fatores apontados pelos sindicatos como responsáveis pelo aumento da insegurança no ambiente de trabalho dos bancários.
“A transformação de agências nas chamadas ‘unidades de negócios’, em especial, sem atendimento de caixa, portas de segurança e vigilantes, é um movimento acelerado por vários bancos nos últimos dois anos”, explicam os representantes da categoria.
Tempo de espera
“As filas e a demora no atendimento são reflexos do sucateamento e falta de contratações, pelo governo federal, nos bancos públicos, por exemplo, para privatizá-los”, diz Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionária do Banco do Brasil.
Fonte: Contraf com edição da Comunicação SEEB de Santos e Região