Com a crise na Europa o Brasil passou a ser a menina dos olhos do banco espanhol. Não é à toa que o banqueiro Emílio Botín destacou um espanhol, Marcial Portela, para comandar os seus negócios no país. Portela desembarcou com a missão de alcançar os resultados para remunerar a qualquer custo os seus acionistas.
Com isso, a superexploração atinge os trabalhadores e o desrespeito aos clientes é intenso. Faltam funcionários nas agências. As condições de trabalho são desumanas. As informações para o desempenho das funções são desencontradas e precárias.
Os bancários do antigo Real estão à deriva, quase sem apoio, tentando atender os clientes na nova plataforma tecnológica do banco. Nos Centros Administrativos reina o medo de demissão resultado da “sinergia” da integração dos dois bancos. O Call Center está congestionado. Terceirização. O RH não funciona. Acrescente cobrança por metas e avaliação de desempenho e temos como resultado trabalhadores literalmente enlouquecendo.
Os trabalhadores do Santander no Brasil são responsáveis por um terço do lucro mundial do grupo e devem exigir seus direitos ao emprego com dignidade. “Temos de demonstrar, mais uma vez, nossa organização e intensificar as manifestações para exigir do Santander respeito aos trabalhadores e ao Brasil”, afirma Fabiano Couto, funcionário do Santander e diretor do sindicato.
Fonte: A