Juros mais altos entre todas as grandes economias e crise resultam em cerca de 12,2 milhões de famílias endividadas
A inflação explode e o Banco Central repete a mesma receita histórica: eleva ainda mais a taxa básica de juros (Selic). Com esta medida, a política econômica do ministro da Economia, Paulo Guedes, aprofunda a recessão econômica e leva a um endividamento recorde no Brasil. Em outubro, cerca de 12,2 milhões de famílias brasileiras tinham dívidas a vencer. O percentual, de 74,6%, é o maior registrado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que realiza há 11 anos a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
De acordo com o levantamento, divulgado na última quinta-feira (4) pela CNC, o número de brasileiros endividados aumentou pelo 11º mês consecutivo: 84,9% das famílias têm dívidas com cartão de crédito, o vilão das dívidas dos brasileiros.
A pesquisa mostra ainda que dívidas ou contas em atraso atingiu 25,6%, ficando 0,1 ponto acima do registrado no mês anterior, e 0,5 ponto abaixo do apurado em outubro de 2020. A proporção de famílias endividadas por mais de um ano é crescente desde o fim do primeiro trimestre, atingindo a marca histórica de 35,8%.
Fonte: SEEB RJ