Na reunião desta quarta-feira, 29, banco não apresentou nenhum documento oficial com parâmetros a serem analisados
A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa continua aguardando que o banco apresente uma proposta de inclusão dos novos empregados na cobertura do Saúde Caixa. Isto porque, na reunião realizada na tarde desta quarta-feira, 29, a direção da Caixa não apresentou nenhuma proposta oficial.
Na videoconferência, foi colocado apenas a necessidade de assinar um aditivo para a alteração, mas sem esclarecer em quais parâmetros. O banco ainda reforçou que o Saúde Caixa tem problema de sustentabilidade, por conta do déficit recorrente desde 2016.
A CEE/ Caixa reiterou a necessidade de respeito aos trabalhadores que estão correndo riscos ao se colocarem na linha de frente de atendimento à população durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). A assistência à saúde permite que o trabalhador da Caixa possa cuidar da sua saúde e de sua família. O movimento sindical luta para que o Saúde Caixa permaneça como um direito e inclua todos os empregados, independente da data de contratação.
Em 2017, o banco alterou seu estatuto para impor a limitação de sua contribuição para a assistência à saúde dos empregados a 6,5% da folha de pagamento, fórmula que não garante sustentabilidade ao programa. A luta continua para a retirada desse limitador.
Histórico
Apesar de redobrar a importância durante a pandemia, a reivindicação do Saúde Caixa para todos não é nova. Em janeiro de 2018, o Ministério do Planejamento publicou a resolução CGPAR nº 23, que impede que os novos empregados tenham direito ao plano existente. Medida que a Caixa adotou no ingresso de novos empregados – aprovados no concurso de 2014 – a partir de 1º de setembro de 2018.
Em agosto de 2019, foi lançada a campanha “Saúde Caixa para todos”. A ação foi uma das resoluções do 35º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), realizado no início do mesmo mês.
A cobertura de assistência de saúde para todos foi reforçada em várias reuniões da mesa permanente de negociação com a Caixa. E por último, o movimento sindical enviou um ofício ao banco, no dia 25 de março, para reivindicar que a Caixa inclua os mais de dois mil novos empregados, em sua maioria PCDs, no Saúde Caixa.
A CEE espera seriedade na negociação e compromisso com os trabalhadores e com o Saúde Caixa. Por isso, aguarda-se o agendamento de uma nova reunião para a apresentação de uma proposta efetiva, o quanto antes.
Outras cobranças
Na videoconferência desta quarta-feira, os empregados cobraram ainda a manutenção do contingenciamento para a entrada nas agências, mesmo com as filas nas portas; a necessidade de respeitar a jornada dos empregados; a testagem de todos os bancários, como política de prevenção; e a efetivação da campanha de vacinação da gripe e da H1N1.
Fonte: Contraf