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Caixa Econômica Federal

Empregados e entidades representativas repudiam reajustes no Saúde Caixa

29 de janeiro de 2017

A decisão, tomada sem qualquer debate com a categoria, desrespeita o acordo coletivo e todas as instâncias de negociação. Entidades estudam acionar a Justiça para barrar o aumento.

Repúdio e indignação! Essa são, sem dúvida, as palavras mais adequadas para expressar a forma como empregados da Caixa Econômica Federal e entidades representativas receberam a notícia dos reajustes do Saúde Caixa. Em comunicado enviado aos trabalhadores no final da tarde de ontem, o banco informou que, em 1º de fevereiro, o valor das mensalidades passará de 2% para 3,46% da remuneração base, que o percentual de coparticipação subirá de 20% para 30% e que o limite de coparticipação anual passará de R$ 2.400 para R$ 4.209,05.

Este reajuste é mais um covarde golpe contra os empregados da Caixa. A decisão foi tomada sem qualquer debate com a categoria. Aliás, é assim que a gestão liderada por Gilberto Occhi tem agido. Trata-se também de um desrespeito ao acordo coletivo e a todas as instâncias de negociação, como a CEE/Caixa, o GT Saúde Caixa e o Conselho de Usuários do nosso plano de saúde. É uma arbitrariedade, contra a qual as entidades e os trabalhadores não vão se calar.

O movimento sindical estuda a possibilidade de ingressar com ação na Justiça contra o aumento. O ACT prevê que reajustes no custeio do Saúde Caixa podem ocorrer, desde que a previsão para o exercício seguinte aponte para essa necessidade. Atualmente, porém, esse não é o caso. Diferentemente do que a direção do banco afirma, as projeções atuariais indicam que pelo menos os exercícios de 2017 e 2018 serão superavitários, o que já vem ocorrendo nos últimos anos. Ou seja, esse reajuste é apropriação indébita pela Caixa.

Este assunto não foi tratado na reunião realizada nesta quinta-feira com a Caixa. É necessário deixar claro para os usuários que essa mudança não foi aprovada pelo Conselho. Se o tema fosse pautado, seria veementemente rechaçado pelos representantes dos trabalhadores. Trata-se de uma arbitrariedade da direção do banco, que desrespeita o acordo coletivo da categoria.

Manifestações da categoria

Na página do Facebook, assim que a Fenae publicou texto repudiando o aumento, seguidores se manifestaram. “Dizer que não há aumento desde 2004 (alegação da Caixa), só se nossos salários estivessem congelados”. “Meu delta foi para o Saúde Caixa”. “Pelo que sei o plano está superavitário, ano passado falaram até em devolver atrás de benefícios para nós”. “Espero que não se recue em nenhum direito e não se sustente nenhum abuso”. “Não vamos aceitar tal medida sem fundamentação na melhoria dos serviços e na expansão da rede conveniada”. “Verdadeiro golpe”. “Gilberto Occhi é um traidor descarado”.

Crédito: Fernando Diegues
Fonte: Fenae

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