Em assembleia virtual realizada pelo Sindicato dos Bancários de Santos e Região, dia 22/4, 87,72% dos bancários da Caixa decidiram pelo Estado de Greve e maior respeito do governo Bolsonaro aos funcionários, por uma Caixa 100% Pública e participação da paralisação nacional de 24h, dia 27. Outras bases também aprovaram
Os empregados da Caixa aprovaram em assembleia remota realizada pelo Sindicato dos Bancários de Santos e Região, nesta quinta-feira (22), decretação de estado de greve e participação na paralisação nacional de 24 horas convocada para a próxima terça-feira (27) contra o descaso do banco e pela defesa dos direitos dos empregados, que vêm sendo sistematicamente desrespeitados nesse período de pandemia.
Do total de participantes da votação virtual, que teve início às 8h e terminou às 20h, 87,72% disseram ‘sim’ à participação na greve. Votos ‘não’ somaram 12,28%, sem abstenções.
Entre uma série de fatores, a mobilização é motivada principalmente pela forma acintosa com que a direção do banco tem tratado os empregados, que são linha de frente no atendimento à população nesta que é a maior crise sanitária, social e econômica das últimas décadas: os bancários cobram melhores condições de trabalho e a PLR Social.
Mas o movimento é também contra as tentativas de privatização do banco – o governo federal pretende abrir o capital de uma das operações mais rentáveis da instituição, a Caixa Seguridade, no dia 29 de abril, e pressiona a Caixa pela devolução dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs), que são contratos feitos junto ao Tesouro Nacional que capitalizam o banco e permitem a ampliação da oferta de crédito, a diminuição da taxa de juros e o aumento da sua capacidade em investimentos na habitação, saneamento e infraestrutura, por exemplo.
Paralisação também é por condições de trabalho e pela PLR Social
Além destes ataques que, na prática, resultarão na extinção da Caixa, a gestão de Pedro Guimarães sob comando de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro simplesmente não pagaram corretamente a PLR Social na íntegra aos empregados. Os bancários perceberam e os economistas do Dieese fizeram as contas e chegaram a diferença de R$ 1.593,43.
O estado de greve também está sendo deflagrado para cobrar da direção do banco melhores condições de trabalho e de atendimento à população, por meio de mais contratações, proteção contra a Covid-19 e vacinação prioritária para os empregados do banco.
Fonte: SEEB de Brasília, SEEB de SP e comunicação do SEEB de Santos e Região