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Em vez de negociar emprego, Santander quer calar movimento sindical

22 de maio de 2013

O Santander continua dispensando trabalhadores em 2013, mesmo depois do processo de demissões em massa em dezembro do ano passado, quando o banco espanhol demitiu sem justa causa 1.153 funcionários e cortou 975 empregos. Nos primeiros quatro meses deste ano, conforme levantamento feito pelo movimento sindical, o banco espanhol dispensou 878 funcionários, principalmente coordenadores. Esse número, embora parcial, supera o total de 765 desligados nos primeiros quatro meses de 2012, conforme dados do Caged do Ministério do Trabalho e Emprego.

Essas novas dispensas aumentaram ainda mais a falta de funcionários nas agências, bem como a sobrecarga e a pressão no trabalho, o que gera assédio moral, estresse, uso de remédios de tarja preta e adoecimento de trabalhadores.

Essa realidade também prejudica o atendimento na rede de agências. Não é à toa que o banco liderou em abril, pelo terceiro mês consecutivo, o ranking de reclamações de clientes no Banco Central.

Em vez de negociar com os representantes dos trabalhadores uma política de emprego, que garanta o fim das demissões imotivadas e da rotatividade, mais contratações e melhores condições de trabalho, o Santander deflagrou uma onda de ações judiciais contra sindicatos e a Contraf no Estado de São Paulo, citando trechos da carta aberta, para tentar intimidar o movimento sindical.

O banco ajuizou processos, com igual teor em Santos, São Paulo, Campinas, Assis, Araras e Catanduva, buscando a condenação das entidades sindicais “em indenização por danos morais, além da obrigação de fazer e não fazer”. Pode?

Acusações descabidas
O banco acusa as entidades de “promoveram a edição de notícias inverídicas e comentários difamatórios, revelando induvidosa má-fé e inegável intenção de deturpar a imagem, reputação e o bom nome do requerente junto aos seus clientes e à sociedade em geral”.

“Muito embora o Sindicato réu venha divulgando o hipotético corte de 975 postos de trabalho, ainda que isso supostamente tenha ocorrido, devemos considerar o contexto onde isso ocorrera, ou seja, o universo de aproximadamente 53.900 empregados efetivos hoje no Santander em todo Brasil”, alega o banco.

O Santander requer que as entidades “se retratem imediatamente acerca das notícias veiculadas por meio de panfletos e em seu site e, ainda, que deixem de veicular as propagandas/informes/notícias ofensivas ao banco”.

Mais uma prática antissindical do banco
Trata-se de mais uma prática antissindical do Santander que agride a organização dos bancários de todo Brasil. Vamos entrar com todas as medidas judiciais cabíveis e intensificar a mobilização da categoria para defender o direito de expressão das entidades sindicais na luta por emprego, condições dignas de saúde, segurança e trabalho, e melhoria do atendimento aos clientes.

O banco devia apostar no caminho do diálogo e da negociação coletiva, ao invés de querer amedrontar, censurar e calar o movimento sindical.

Não existe justificativa para demitir funcionários diante do lucro de R$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre deste ano no Brasil, que representa 26% do resultado mundial do Santander. 

Na Espanha, que passa por grave crise financeira e onde o banco obtém hoje 11% do lucro global, a situação é bem diferente para os bancários do Santander. No último dia 7, durante a 7ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais, ocorrida em Assunção, o secretário de relações internacionais da Comfia-Comisiones Obreras, Francisco Garcia Utrilla (Pepe), disse que lá quase não há demissões no Santander e que um acordo assinado com os sindicatos espanhóis garante que não haverá medidas traumáticas nas relações de trabalho.

Valorização
Esse novo ataque do Santander está sendo duramente criticado nos encontros estaduais e regionais preparatórios ao Encontro Nacional dos Dirigentes Sindicais do Santander, a ser realizado nos dia 4 e 5 de junho, em São Paulo. 

Ao invés de ataques à organização sindical e enrolações nas negociações, queremos respeito, valorização e dignidade para os funcionários e aposentados do banco.

Fonte: Contraf

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