Edson Carneiro – Índio
Dessa forma, depois dos trabalhadores franceses, gregos, espanhóis, italianos, entre outros, agora são os portugueses que afirmar: os trabalhadores não aceitam pagar a conta da crise criada pelos capitalistas.
O que acontece nestes países é a adoção, pelos mais diversos governos, da mesma receita neoliberal que imperou nos últimos anos: desmonte do serviço público e ataques aos direitos dos trabalhadores. Cabe lembrar que Portugal tem como Primeiro-Ministro José Sócrates, do Partido Socialista (PS).
A greve geral em Portugal atingiu diversos setores, impactando de conjunto a economia, atingindo com mais força os transportes, saúde, educação, autarquias e o setor público.
A redução dos salários, medida inédita na história de Portugal, atinge neste momento apenas o setor público. Porém, o movimento sindical teme que, na sequência, as empresas privadas avancem sobre os salários de seus funcionários alegando dificuldades financeiras.
Além dos cortes nos salários e nas políticas sociais, o governo do Primeiro-Ministro José Sócrates quer congelar o valor das aposentadorias, aumentar impostos e se recusa a aumentar o valor do salário mínimo conforme reivindicação do movimento sindical.
Para a Intersindical, a greve geral em Portugal no dia de hoje, assim como aconteceu em diversos países europeus, deve ser observada como um alerta aos trabalhadores brasileiros, pois o futuro governo Dilma já está anunciando uma série de medidas fiscais de ataques aos serviços públicos, aos salários dos servidores, aos benefícios dos aposentados e aos direitos previdenciário.
Fonte: www.intersindical.inf.br