Funcionários do BB da base do Sindicato asseguraram ajuda de custo, fornecimento pela empresa de equipamentos e cadeira adequada, manutenção do VR e VA nos termos da CCT, controle de jornada, entre outros pontos
Em assembleia virtual encerrada às 23h59 desta quarta-feira 9, os bancários do Banco do Brasil da base do Sindicato dos Bancários de Santos e Região aprovaram com 86,08% dos votos o acordo que regulamenta o teletrabalho no banco pós-pandemia.
O acordo, negociado pelo movimento sindical, garante ajuda de custo para quem atue em mais de 50% dos dias úteis na modalidade de teletrabalho, fornecimento e manutenção de equipamentos e cadeira adequada pelo banco, VR e VA nos termos da CCT, controle de jornada, desconexão entre outros pontos.
Segundo a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), em razão de não existir uma posição unificada dos bancos na Campanha Nacional dos Bancários 2020, não foi possível regulamentar o teletrabalho na discussão da Campanha. Depois de uma negociação dura, foram asseguradas garantias aos bancários nesta modalidade de trabalho, que estará cada vez mais presente na categoria. A princípio, a proposta era de começar a pagar a ajuda de custo somente a partir de julho, mas após pressão, o BB aceitou começar a pagar assim que os funcionários aderirem ao teletrabalho.
É importante lembrar que o Acordo Emergencial, por imposição dos sindicatos, para a Covid-19, preservou vidas em um momento de insegurança. Por isso, muitos funcionários foram para o home office rapidamente. Este acordo, aprovado agora, é para regular o teletrabalho após o fim do Estado de Calamidade decretado pelo governo federal em razão da pandemia, cabendo ao banco definir as áreas e quantidade de funcionários que irão para home office.
O Estado de Calamidade em todo o país em decorrência da pandemia tem vigência até o dia 31 de dezembro, mas caso o governo federal estenda este prazo, o Acordo Emergencial de Teletrabalho do Banco do Brasil é automaticamente estendido.
Os funcionários do BB estão de parabéns, pois é o terceiro banco, depois da pressão sindical, a ter um programa de ajuda para o teletrabalho, antes firmaram acordo os bancários do Bradesco e Itaú. Outros bancos como o Santander, por exemplo, sequer querem negociar ou discutir a situação, empurrando integralmente o custo para os seus funcionários.
Confira abaixo os principais pontos do acordo aprovado:
Definição de Trabalho Remoto
Toda e qualquer prestação de serviços realizada remotamente, de forma preponderante ou não, fora das dependências do banco ou em local diferente do de lotação do funcionário, com a utilização de tecnologias da informação e comunicação.
Modalidades do Trabalho
O Trabalho Remoto no BB poderá ocorrer:
a) Na residência do funcionário, o qual se denomina home office;
b) Em outras dependências do banco, empresas parceiras ou em coworkings (espaços colaborativos) internos, o qual se denomina on office.
Excepcionalmente, há a possibilidade da realização do Trabalho Remoto fora da praça de lotação, por interesse do funcionário, sendo necessária a autorização do comitê da unidade gestora.
Equipamentos para o Trabalho Remoto
a) Equipamento eletrônico corporativo (desktop ou notebook);
b) Acessórios (mouse, teclado, headset);
c) Cadeira ergonômica.
Ajuda de custo
a) R$ 80,00/mês para funcionários que atuem em mais de 50% dos dias úteis do mês e tenham aderido ao trabalho remoto, na modalidade home office.
Outros itens do acordo
Facultatividade: a adesão ao teletrabalho deve ser facultativa ao funcionário;
Controle de jornada: o banco implantará um sistema de controle da jornada, para evitar que haja excesso de trabalho e “pedidos” fora do expediente;
Desconexão: serão dadas instruções e orientações para desconexão em horários fora do expediente;
Manutenção dos equipamentos: será de responsabilidade do banco;
Preocupação com a saúde: além de oferecer equipamentos ergonômicos, o banco se compromete a manter cuidados especiais com a saúde dos funcionários que exercerem suas atividades em home office;
Violência doméstica: conforme estabelecido na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, o banco criará uma Central de Atendimentos para as bancárias vítimas de violência doméstica;
Auxílio refeição e alimentação e vale transporte: serão mantidos os direitos aos vales refeição, alimentação e ao vale-transporte;
Acompanhamento pelo sindicato: os sindicatos terão acesso aos funcionários que exercerem seus trabalhos fora das dependências do banco.
Crédito: Agência Brasil
Fonte: SEEB/SP com edição da Comunicação de Santos e Região