Milhares de pessoas tomaram as ruas de diversas cidades do país, domingo (8), para se manifestar contra o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), contra os ajustes fiscais, entre outras medidas antipopulares que estão sendo tomadas neste ano. Em São Paulo, estima-se que 30 mil pessoas tenham participado do ato que iniciou no MASP (Av. Paulista) e seguiu até o Ibirapuera.
A diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, junto com o MTST e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, também esteve presente manifestando-se contra Cunha e formando a "Frente Povo Sem Medo". “É muito importante esta mobilização contra o Ajuste Fiscal e Eduardo Cunha. O Ajuste Fiscal precariza os direitos dos trabalhadores, homens, mulheres, índios. Cunha é o símbolo do conservadorismo. Ele está sendo investigado por corrupção e está à frente dos ataques aos direitos do povo brasileiro. Fim do Ajuste Fiscal e Fora Cunha”, afirma Eneida Koury, Secretária Geral do Sindicato e da coordenação nacional da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora.
“Este ato está acontecendo no país todo. Já fizemos mobilizações no período da manhã em BH, em Uberlândia, em Curitiba e em Brasília, onde temos companheiros acampados até que Eduardo Cunha caia e que parem de atacar nossos direitos”, explicou Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). Na parte da tarde ainda estavam acontecendo manifestações em outros 12 estados pelo Brasil.
“O Presidente da Câmara representa o avanço do conservadorismo, ataque aos direitos das trabalhadoras e o retrocesso aos direitos socais”, definiu Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.
Segundo ele, “é preciso demitir o Joaquim Levi, mudar a política econômica atual e impor um modelo de geração de empregos, de crescimento da economia e fortalecimento dos serviços públicos”.
Eduardo Cunha
Pauta de reivindicação principal, o pedido pela saída de Eduardo Cunha se dá por motivos concretos. Apenas este ano já vimos diversos projetos antipopulares pautados na Câmara, que colocam em risco direitos sociais, políticos e civis, como a Lei das Terceirizações, a Redução da Maioridade Penal, o Estatuto da Família, a PEC da Corrupção/Contrarreforma política e, recentemente, o PL 5069/2013 que ataca o direito das mulheres.
Além destes, está previsto para este mês de novembro a votação do orçamento na Câmara, em que já está sinalizado o corte de programas sociais, como o Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, por exemplo. “Se na votação do orçamento houver cortes nas áreas sociais, este país vai pegar fogo de norte a sul. A Câmara já não tem função social há muito tempo e, por isso, se for preciso, ela vai ser ocupada”, garante Boulos.
Não aos ajustes fiscais
Outras demandas também foram motivos das manifestações, como os ajustes fiscais impostos pelos Governos Federais e Estaduais, que também atacam direitos sociais como o seguro desemprego, o fundo de pensões e ainda ameaçam atacar a aposentadoria.
Às milhares de pessoas nas ruas deixaram claro que não aceitam o retrocesso de seus direitos, em detrimento de uma conta que deveria ser cobrada da elite financeira do país, que nunca teve suas fortunas reguladas e são os verdadeiros responsáveis pela crise econômica.
Para os manifestantes é necessário que esteja na agenda do país uma reforma tributária que taxe os mais ricos e também fazer uma reforma nos meios de comunicações, para acabar com o monopólio dos atuais donos da mídia.
Geraldo Alckmin
Recentemente diversas manifestações de estudantes secundaristas estão acontecendo pelo Estado de São Paulo devido ao projeto de reorganização escolar imposto pelo Governo Geraldo Alckmin fechando diversas escolas. De acordo com o MTST, cada escola que for fechada será ocupada, com o objetivo de retornar seu funcionamento.
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Fonte: Imprensa Seeb Santos e Região com informações da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
Escrito por: Gustavo Mesquita com Intersindical