A manhã de segunda-feira (10) foi de caos e ansiedade nas agências da Caixa no estado de São Paulo, e não somente por causa das fortes chuvas que assolaram diversos municípios
A direção da Caixa, em anúncio feito via streaming para toda a rede de agências, apresentou nova fase da “reestruturação”, que prevê movimentações e descomissionamentos para todos os empregados das agências e PAB’s, com exceção (neste momento) dos ocupantes das funções de Caixa, Tesoureiro e Avaliador de Penhor. Mesmo TBN’s que não ocupam função gratificada podem ser transferidos.
Nesta etapa, a direção do banco anunciou uma nova estrutura de funções para as unidades de ponta, prevendo a extinção das antigas.
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O atual ocupante de FG/CC deve manifestar interesse em permanecer na função equivalente, ainda a ser criada, em sua atual unidade ou em outra de seu interesse. Sua manutenção na função ou na unidade escolhida dependem, porém, de sua “validação” pela chefia da unidade. Caso não seja “validado”, o empregado sofre descomissionamento. Está prevista uma “repescagem” em 21 de fevereiro.
Os procedimentos apresentados pela direção estão repletos de problemas e demonstram a ausência de planejamento da chamada “reestruturação”.
Os prazos são curtos: o encerramento das manifestações pelos Gerentes Regionais está previsto para as 20 horas de segunda-feira, 10 de fevereiro, mesmo dia do anúncio das mudanças. Para as demais funções – exceto Gerentes Gerais – até quarta-feira, 12 de fevereiro e para os Gerentes Gerais, dias 13 e 14, quinta e sexta-feira.
A metodologia de escolha prevê a aplicação do Score no PSI (procedimento não previsto na norma e que prejudica colegas oriundos das extintas SR’s).
A Caixa não apresenta a quantidade de vagas disponíveis nas unidades e quando mostra a tipologia de agências e dimensionamento de carteiras, traz erros aritiméticos grosseiros.
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Prova da falta de planejamento da empresa foi o fechamento de três SR’s no país (duas em São Paulo) há menos de 5 meses e a aplicação do Revalida há cerca de 8 meses.
Houvesse racionalidade por parte da direção, estes processos não seriam aplicados às vésperas de mudanças mais profundas, que tornam as decisões tomadas sem efeito. Nas palavras da própria direção, houve “sombreamento”.
Outro contrassenso foi criar funções no Varejo, como a de GCN, que foram excluídas no modelo “proposto”. Houve investimento por parte da empresa e dos empregados, que a direção agora pretende jogar fora.
Além disso, faltam informações básicas, como atribuição de parte das novas funções e remuneração prevista.
Não é detalhado, por exemplo, como seria definido o porte das agências com a nova tipologia.
A direção da empresa quer empurrar os empregados a decidirem sem as mínimas condições de avaliar adequadamente a situação.
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Fonte: APCEF SP – 10/02/2020