A partir de 1º de setembro todos os direitos dos bancários estão suspensos. Os bancos podem cortar tíquetes, plano de saúde, PLR e outros. A única forma de barrar é a unificação e uma greve forte!
A diretoria do Sindicato participou da Conferência Interestadual da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, dia 17/5, em Suarão, Itanhaém/SP para discutir a Campanha Salarial 2018 e a difícil conjuntura para os trabalhadores depois da reforma Trabalhista que extermina direitos
Conjuntura com a Reforma Trabalhista
A reforma Trabalhista traz o negociado sobre o legislado, isso significa que direitos antes garantidos pela CLT, agora podem ser “recortados”.
Além disso, a partir de 1º de setembro todos os direitos contidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) estão suspensos pelo fim da ultratividade que renovava automaticamente as cláusulas sociais. O que dá a faca e o queijo na mão do patrão.
Os bancos podem cortar tíquetes, plano de saúde, PLR para pressionar pelo fim da greve e impor corte de direitos no Acordo Coletivo. A greve pode ter início antes desta data para pressionar bancos a prorrogar e garantir os direitos.
O que é preciso para defender nossos direitos?
1- Greve forte e solidária pela manutenção dos direitos, empregos, melhoria dos salários e PLR;
2- Unificação total da categoria (privados, BB e Caixa) para fortalecer as negociações;
3- Adesão maciça da gerência à GREVE;
4- Fortalecimento do Sindicato.
Greve forte para pressionar os bancos
1- O caminho é a greve mais forte da história para desestabilizar o sistema financeiro;
2- O Sistema parece forte, mas é frágil calcado em créditos sem lastros;
3- Quanto mais a população retira dinheiro mais o desestabiliza;
4- A greve também prejudica o comércio, que por sua vez pressiona os banqueiros;
5- A LUTA MUDA A VIDA!
Por que da Unificação?
1- Não podemos cair na armadilha de segmentar as negociações por bancos;
2- Isto é o que o governo e os banqueiros querem para retirar direitos;
3- Principalmente dos funcionários do BB e Caixa. E já começaram com reestruturações e ameaça de extinção da Cassi e Economus;
4- No governo de FHC, os bancários do BB e Caixa ficaram oito (8) anos recebendo abono ou índices abaixo da inflação por negociarem em separado, cada um por sua conta;
5- Chegou ao ponto de um escriturário do BB ter o menor salário de toda a categoria.
Retirar direitos é meta dos bancos!
1- Os banqueiros acenam com jornadas de 8h até 12h;
2- Inclusão do trabalho nos fins de semana;
3- Exterminar horas extras e banco de horas;
4- PLRs menores ou mesmo o fim;
5- Diminuição de salários;
6- Corte dos planos de saúde;
7- Terceirização, trabalho em casa (home office), pejotização e tantos outros ataques.
GERENTE deve fazer greve para resguardar seu emprego e direitos!!!
1- Pessoa Jurídica (PJ) – bancos já estão contratando gerentes Pessoas Jurídicas (PJs), sem direitos, sem 13º, sem férias, sem FGTS, sem plano de saúde, sem final de semana, sem nada.
2- Para os que ganham acima de R$ 11.290 e tem curso superior – os bancos poderão fazer acordos individuais com ameaça de demissão, para diminuir salário e direitos. O Sindicato não vai permitir que nenhum bancário fique de fora do acordo coletivo, mas precisa de sua adesão na GREVE!
Fim do Imposto facilita retirar direitos!
1- Objetivo do fim do Imposto Sindical é colocar a categoria contra seu sindicato e desequilibrá-lo financeiramente para que não consiga organizar manifestações, greves e defender os bancários;
2- Abre caminho para Fenaban suprimir direitos que a reforma tornou disponível de negociação como o do fim da PLR, rebaixar salários, aumentar jornada, por fim aos planos de saúde subsidiados;
3- É quase impossível à luta por direitos de forma individual, a coletividade e essencial aos trabalhadores e realizadas pelo sindicato;
4- A reforma no que foi relativa à contribuição sindical é um grave atentado ao trabalhador;
5- E é inconstitucional!
Calendário de Luta
1- Congresso dos bancos privados dias 6 e 7 de junho;
2- Congresso do BB e Caixa dias 6 e 7 de junho;
3- Congresso Nacional dos Bancários entre 8 e 10 de junho.
Entre outros temas estão na pauta para discussão da Campanha Salarial 2018:
1- Defesa da CCT e manutenção dos direitos;
2- Defesa da mesa única de negociações;
3- A CCT tem de continuar válida para toda a categoria;
4- Proibir as demissões em massa;
5- Defesa dos bancos públicos;
6- Manutenção das homologações nos sindicatos;
7- Defesa intransigente da democracia.
Só a Luta Muda a Vida!
Crédito: Fabiano Couto
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita