A Presidente Dilma Rousseff anunciou que o governo não irá abrir o capital da Caixa. Apesar de ter recuado da decisão divulgada em dezembro de 2014, a privatização do banco não está descartada, já que o governo manteve a abertura de capital da Caixa Seguros. A notícia foi publicada no jornal Valor Econômico nesta segunda-feira, 09.
A nova posição do governo não exclui a privatização do banco e mostra apenas uma mudança da estatégia, já que agora a privatização poderá ser feita de forma fatiada. Os movimentos sindical e social continuam em alerta.
“Vemos com precaução esse anúncio, que pode ser uma tática para desmobilizar todo o movimento construído até agora pela Caixa 100% pública e privatizar o banco de forma fatiada. Manter a Caixa como banco público seria o normal para um governo que foi eleito com a plataforma de defesa das empresas pública do país, mas abrir o capital da Seguradora continua sendo uma forma de privatizar um patrimônio público, por isso, continuaremos nos organizando em defesa da Caixa”, diz Idelmar Casagrande, diretor do Sindicato dos Bancários/ES que integra o Comitê Nacional em Defesa da Caixa 100% pública representando a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora.
A Seguradora já mantém sociedade com a francesa CNP Assurences, que detém a maioria das ações, com 51,75% do capital. O restante, 48,2%, de posse da Caixa, poderá ser ofertado ao mercado financeiro. A intenção, segundo informações divulgadas pela imprensa, seria reproduzir o modelo aplicado à BB Seguridade, cujo IPO (Oferta Pública Inicial) foi feito em 2013.
Fonte: SEEB Espírito Santo