A discriminação racial ainda é responsável por boa parte das desigualdades sociais do Brasil. O preconceito é resultado não somente da discriminação ocorrida no passado, mas de um processo ainda muito ativo de estereótipos raciais enraizados por muito tempo.
Estrutural, o racismo continua impregnado na sociedade brasileira, apesar de alguns avanços conquistados por meio de muitas lutas e ainda em processos de lapidação. Precisamos reverter esse quadro e promover um modelo de desenvolvimento no qual a diversidade seja um dos seus pilares e no qual prevaleça a cultura da inclusão e da igualdade.
Eixos defendidos pela INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora como a reforma política com constituinte exclusiva e a democratização da comunicação são alguns meios para profundas mudanças no combate ao racismo e inclusão da população afrodescendente.
No entanto, temos de continuar denunciando constantemente o genocídio da juventude negra periférica pelo braço armado do Estado, a ainda irrisória presença de negros nos espaços acadêmicos de maior peso, as intervenções urbanas que isolam as periferias, especialmente nas grandes cidades.
É preciso compreender que o preconceito racial é intrinsecamente classista. Por isso, em um mundo ainda dominado por uma minoritária, mas poderosa elite branca (e masculina), se faz necessário o enfrentamento direto ao capital.
Também precisamos defender os mais diversos meios de intervenção como ações de valorização da população negra, política de cotas – tanto nas universidades públicas quanto nos serviços públicos, o direito de expressão das religiões de matriz africana, repressão às práticas de racismo e o fim da violência contra a mulher negra.
Some-se a isso, iniciativas socioculturais como cinema, teatro, seminários e debates, como a roda de conversa promovida recentemente pela INTERSINDICAL para discutir "A importância do Candomblé na resistência negra e a luta contra a intolerância religiosa", que reuniu muitas pessoas interessadas no tema.
Lutamos por uma sociedade livre de racismo e igualitária.
Viva a luta do povo negro!
Fonte: INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora