Ato de 1º de Maio, domingo no Vale do Anhangabaú, é considerado um dos mais importantes dos últimos anos para marcar reação contra retrocessos e agenda conservadora já anunciada por Temer e companhia.
O 1º de Maio de 2016 é um dos mais importantes dos últimos anos. Vendo seus principais direitos e os avanços da última década ameaçados, os trabalhadores devem tomar as ruas de todo o país e protestar. Em São Paulo, o ato organizado pelas centrais sindicais CUT, CTB e Intersindical e movimentos sociais que compõem a Frente Brasil Popular e Povo sem Medo terá início às 10h, no Vale do Anhangabaú.
Com o tema Brasil: Democracia + Direitos, o 1° de Maio deste ano vai reunir movimentos sociais, estudantis, de mulheres, negros, LGBT, juristas, intelectuais, artistas e todos que estão na luta contra o golpe e a retirada de direitos.
A categoria bancária está seriamente ameaçada se o golpe de Temer e seus asseclas for adiante . Eles querem aprovar a terceirização generalizada, inclusive para atividades-fim. Liberada a terceirização, nossa categoria vai ser dizimada. O golpe será principalmente contra os trabalhadores. Não vamos aceitar!
Unidade
Os representantes das outras centrais também se manifestam contra o golpe. Para o bancário Edson Carneiro, o Índio, secretário-geral da Intersindical, “é muito importante que todos participem desse 1º de Maio em defesa da democracia e dos direitos sociais e trabalhistas ameaçados pela tentativa de golpe desferida pelo grande capital e por parte do Congresso. O golpe não é apenas contra a presidenta Dilma. Visa sobretudo instalar um governo ilegítimo para destruir os direitos garantidos pela CLT, aprovar o projeto da terceirização e acabar com garantias constitucionais da maior parte do povo brasileiro. Michel Temer, Eduardo Cunha e a maioria dos deputados são notórios corruptos e não têm legitimidade para comandar esse processo”.
O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, reforça a importância de denunciar o golpe em curso e a retirada de direitos dos trabalhadores. “Por trás desse movimento, a gente sabe que há uma agenda conservadora e é por isso que representantes do setor empresarial como a Federação Nacional da Indústria (FIESP) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estão apoiando o impeachment.” ressalta que o pacote de retrocessos traz a aprovação de pautas contra interesses da classe trabalhadora. “O que está em jogo é a entrega da Petrobras, a aprovação da terceirização. Isso está claro no documento de Temer, o que chamamos de Ponte para o Passado.”
Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, o elemento que se esconde por trás do impeachment é exatamente a agenda neoliberal derrotada nas urnas. “Os que advogam a tese do impeachment escondem na ‘Ponte para o Futuro’ a ideia da ‘modernização do trabalho’. O que é essa modernização? É rasgar a CLT”, reafirma.
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#Detalhes:
No 1º de maio deste ano, as centrais sindicais CUT, CTB, Intersindical e movimentos sociais se unem pela defesa da democracia, pela luta contra o golpe e a defesa dos direitos sociais e trabalhistas.
Há um golpe em curso no país. A população acompanhou a votação do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados e percebeu que, na verdade, setores que não conseguiram chegar à Presidência por meio do voto tentam agora levar no "tapetão".
Corremos o risco de viver um grande retrocesso. O país pode passar a ser governado por aqueles que jamais conseguiriam ter votos nas urnas. O povo não quer um golpe para ser governado por Michel Temer (PMDB), citado em delações da Operação Lava Jato, e Eduardo Cunha (PMDB), réu no Supremo Tribunal Federal e acusado de participação em diferentes crimes.
O verdadeiro combate à corrupção se dará por uma profunda reforma do sistema político.
Os golpistas defendem:
– Ataque aos direitos trabalhistas: querem acabar com o FGTS, 13º salário, férias remuneradas, licenças maternidade e paternidade, seguro-desemprego; e ainda querem aumentar a idade mínima para aposentadoria
– Fim do aumento real do salário mínimo
– Ataque ao Minha Casa, Minha Vida
– Ataque ao Bolsa Família
– Ataque ao Fies, ProUni e outros programas
– Ataque ao Sistema Único de Saúde (SUS)
– Privatização das empresas públicas, que significa a entrega do patrimônio nacional a grupos estrangeiros e a volta do país ao passado
Não podemos permitir um golpe à jovem democracia brasileira e o retrocesso dos direitos sociais alcançados pelo povo com muita luta. Precisamos barrar essa tentativa de levar o País a um futuro incerto.
Participe você também deste 1º de maio, que contará com a presença de artistas que defendem a democracia.
Estão confirmadas as participações de Beth Carvalho, Martinho da Vila, Detonautas, Chico César e Luana Hansen.
O 1º de maio será composto por um momento inter-religioso, seguido pelo ato político, com a presença de lideranças partidárias e dos movimentos sociais e sindical, e um outro momento com shows e atrações culturais. Também haverá feira gastronômica, unidades móveis de atendimento, atrações para as crianças e outros serviços à população.
SERVIÇO
1º de Maio – Democracia, Nenhum Direito a Menos, Não Vai Ter Golpe!
Quando: Domingo (1º de Maio), a partir das 10h
Onde: Vale do Anhangabaú
Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo
Fonte: Com informações SEEB SP