Neste sábado, 28 de agosto, é comemorado o Dia do Bancário. Em todo país, os sindicatos organizam atividades, sobretudo de confraternização, celebrando a história de lutas e conquistas da categoria. Parabenizamos cada bancário e bancária que com garra, competência, dedicação e dignidade valoriza a profissão e mantém acesa a chama da luta coletiva e solidária para construir uma vida melhor.
Criada há 56 anos para recordar uma das mais importantes greves da categoria, a data serve hoje de exemplo para a importância da mobilização para a Campanha Salarial 2010.
Um pouco de história
Foi em 28 de agosto de 1951 que começou uma das mais longas e vitoriosas campanhas salariais da categoria. Os bancários reivindicavam um reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço. A contraproposta dos patrões, de 20% de aumento, foi considerada insuficiente e os bancários decidiram entrar em greve. Foram 69 dias de paralisação, até que, em 5 de novembro, a Justiça concedesse um reajuste de 31%, pondo fim à paralisação.
Campanha Salarial 2010
O fim do assédio moral foi o principal tema da primeira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Na reunião realizada dia 24/08, em São Paulo, os representantes dos trabalhadores apresentaram uma série de propostas a partir do que vem sendo debatido mês a mês nas mesas temáticas instaladas desde a Campanha Nacional Unificada do ano passado.
O movimento sindical quer implantar treinamento qualificado para combater o assédio moral, mas os bancos não aceitam e distribuem cartilhas paliativas aos funcionários.
A cláusula sobre assédio moral na nova Convenção Coletiva de Trabalho deve prever uma declaração explícita por parte dos bancos contra qualquer ato de assédio moral. Uma das discussões é a apresentação de dados setoriais sobre o problema nos locais de trabalho.
Além do combate ao assédio moral e o fim das metas, a rodada de negociação abordou outras questões prioritárias para os trabalhadores. A saúde nos locais de trabalho é uma das prioridades, assim como a manutenção dos salários e direitos aos bancários afastados por motivos de saúde. Como a garantia de função para quem retornar de licença-médica e o abono de faltas dos bancários com deficiência para manutenção de suas próteses.
O debate volta à mesa na próxima semana, quando ocorrem duas novas rodadas com a Fenaban: uma na quarta-feira, dia 1º, outra na quinta-feira, dia 2, ainda sobre Saúde, Condições de Trabalho e Segurança Bancária.
“Caso os banqueiros fiquem irredutíveis, como já demonstraram na primeira rodada de negociações, os bancários (as) vão para a greve e cruzarão os braços”, explica Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Calendário
Na rodada de hoje, também foi definido o calendário de negociação. Confira:
Dias 1º e 2/9 – Saúde, Condições de Trabalho e Segurança Bancária
Dias 8 e 9/9 – Emprego e Condições de Trabalho
Dias 15 e 16/9 – Remuneração
Mobilização: Dia Nacional de Luta
O Comando aprovou em reunião realizar na próxima terça-feira, 31, Dia Nacional de Luta com três eixos: combate ao assédio moral, fim das metas e mais segurança.
Fonte: S