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Defensores da cloroquina contra a Covid-19, médicos fracassam nas urnas

3 de outubro de 2022

Conhecida como capitão cloroquina, a médica Mayra Pinheiro recebeu apenas 71.214 votos e não conseguiu se eleger deputada federal. Confira os outros fracassos nas urnas

As médicas Mayra Pinheiro, conhecida como capitã cloroquina, e Nise Yamaguchi, citadas no relatório final da CPI da Covid, não conseguiram se eleger como deputadas federais, junto a pelo menos outros quatro nomes que ganharam notoriedade ao defender tratamentos ineficazes durante a pandemia do novo coronavírus que, até agora, já matou 686.320 brasileiros e infecrou um total de 34.679.533 pessoas desde março de 2020.

 

Em julho de 2021, o Ministério da Saúde admitiu ineficácia do “kit covid” defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelas médicas e médicos que não se constrangiam de indicar remédios ineficazes para a doença como hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente.  

  

E muitos tentatam tirar vantagem do sucesso porque foram alvos da CPI da Covid e ficaram horas e horas expostos na TV Senado, que investigou justamente quem ignorou a ciência colocando a vida das pessoas em risco. 

 

Mayra se filiou ao PL e tentou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Ceará. A médica ocupava um cargo no Ministério do Trabalho e Previdência desde fevereiro, quando deixou o Ministério da Saúde, e pediu dispensa no dia 30 de março para concorrer às eleições por São Paulo pelo Pros.

 

Mayra recebeu 71.214 votos e não conseguiu se eleger; ficando como suplente do partido. A CPI pediu o indiciamento da médica por epidemia com resultado morte e crimes contra a humanidade.

 

Nise Yamaguchi recebeu 36.690 votos. 

 

Outra médica que tentou uma vaga na Câmara foi Roberta Lacerda, filiada ao PL e que disputou o pleito pelo Rio Grande do Norte. A infectologista, que já teve a conta suspensa nas redes sociais por propagar desinformação, recebeu 14.407 votos.

 

Roberta é figura conhecida, tendo participado de uma audiência pública do Ministério da Saúde destinada a debater a aplicação de vacinas contra a covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos, realizada em janeiro; e de uma audiência no Senado Federal contra as vacinas e promovida pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE).

 

Próximas das outras médicas, Raíssa Soares (PL-BA) e Maria Emília Gadelha (PRTB-SP) também não tiveram sucesso nas eleições. Raíssa ficou conhecida ao gravar um vídeo pedindo que o governo federal enviasse o “kit covid” para Salvador quando era secretaria de Saúde de Porto Seguro (BA). Ela disputou o Senador e ficou em terceiro lugar, com 1.057.085 votos (14,61%).

 

Já Maria Gadelha concorreu a uma vaga na Câmara por São Paulo e recebeu 14.131 votos. A médica ganhou notoriedade ao fazer lives criticando a vacinação e divulgando ações contra o passaporte vacinal.

 

O infectologista Edimilson Migowski (PL-RJ) também não conseguiu se eleger para a Câmara pelo Rio de Janeiro, recebendo 9.927 votos. Edimilson chegou a ser nomeado como o presidente de um comitê de apoio científico para políticas públicas para enfrentar a covid-19 pelo governador Cláudio Castro (PL). O infectologista defendia o uso de vermífugo para tratar a doença.

 

Exceção 

Apesar das inúmeras críticas à sua gestão no Ministério da saúde, o ex-ministro Eduardo Pazuello (PL-RJ) conseguiu se eleger para a Câmara dos Deputados. O general da reserva foi o segundo deputado mais votado no estado, com 205.324 votos.

 

A CPI da Covid pediu o indiciamento de Pazuello por emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, comunicação falsa de crime e crimes contra a humanidade. Após sua saída do Ministério, o general foi lotado como assessor especial na Casa Civil, onde ficou até entrar em campanha.

Crédito: Reprodução
Fonte: Redação CUT com edição de Marize Muniz

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Publicado por: Gustavo Mesquita

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