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Cunha: Quando um criminoso desestabiliza um país

14 de abril de 2016

#ForaCunha

Dá pra imaginar o gângster Al Capone controlando a Câmara dos Estados Unidos, usando de sua fortuna para comprar deputados com o objetivo de desestabilizar o presidente do país? Dá pra imaginar Al Capone presidente da Câmara americana tentando derrubar o presidente dos EUA?  Pois é algo assim que está acontecendo no Brasil neste exato instante. Não, não é exagero.

Al Capone cometeu diversos crimes em Chicago na virada dos anos 1920 para 1930. Corrupção, chantagem, extorsão, contrabando, lavagem de dinheiro, sonegação, assassinatos, entre outros. Usou US$ 30 milhões para corromper políticos, promotores e policiais em Chicago. Acabou preso e condenado por sonegação de impostos, única acusação que o sistema jurídico americano conseguiu tornar processo com provas suficientes para levá-lo à cadeia. Mas até as pedras das calçadas de Chicago sabem que Al Capone cometeu todos os outros crimes dos quais foi acusado. Ele era espertíssimo. Sempre mobilizava seus aliados/empregados para cometer diretamente os crimes, sem deixar rastros de sua presença. Usava só dinheiro vivo -mas no século 21  isso ficou impossível e os sultões gastam à farta em cartões de crédito. 

Mas isso foi lá em Chicago. E hoje? Nas mãos de quem está o processo de impeachment no Brasil?

De um homem que é réu, denunciado ou acusado por mais de uma dezena de crimes e que usou dinheiro sujo de corrupção para aliciar uma bancada estimada em mais de 150 deputados pelo ex-governador Ciro Gomes e desestabilizar a presidenta do país. É um número impressionante, quase o dobro do maior bloco parlamentar da Câmara, de 79 deputados (PR, PSD e PROS) e mais que o dobro da bancada do PMDB, o partido tão (mal) falado do momento, que tem 68 deputados. Escrevi sobre isso recentemente – clique aqui se quiser ler.  

 

Imaginar que a sociedade brasileira sairá melhor de um processo conduzido por um gângster é uma ilusão pela qual o país pagará caro se a marcha batida para a insanidade não for contida.

Cunha coleciona recordes.

É o único político brasileiro que está presente nas três listas sobre corrupção e dinheiro sujo:

1.       Contas secretas na Suiça

2.       Lista da Odebrecht

3.       Panamá papers

As acusações de corrupção e outros crimes contra Cunha remontam há mais de 25 anos, desde que ele foi presidente da Telerj no governo Collor. Houve uma série de reportagens de Elvira Lobato e Janio de Freitas na Folha contra as licitações dirigidas por Cunha na empresa. O tema eram licitações para listas telefônicas, um negócio que desapareceu mas que era altamente rentável na época. E quer saber qual empresa era favorecida na época? A Listel, do Grupo Abril. Isso explica algumas coisas dos tempos de hoje, não? Explica a posição de Veja de um lado e a do repórter Janio de Freitas de outro lado bem diferente. Saiba mais sobre o primeiro escândalo envolvendo Cunha clicando aqui.

Depois da Telerj houve a passagem de Cunha pela presidência da Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro, entre 1999 e 200 que lhe rendeu três inquéritos. O caminho tortuoso desses inquéritos, alguns deles julgados por padrinhos seus, pode ser acompanhado aqui.

Agora Cunha é réu no Supremo Federal em um processo, denunciado em mais dois e acusado em mais de uma dezena de casos.

Quais são as acusações contra Cunha?

1.       Corrupção

2.       Lavagem de dinheiro

3.       Sonegação de impostos

4.       Improbidade administrativa

5.       Falsificação de documentos

6.       Abuso de poder econômico em eleições

7.       Manutenção de contas bancárias secretas

8.       Quebra de decoro parlamentar (por mentir e omitir dados na CPI da Petrobras)

9.       Obstrução da Justiça

10.   Operação de falsificação de assinatura do deputado Vinícius Gurgel para obstruir o processo contra Cunha na Comissão de Ética da Câmara

11.   Ameaça de morte contra o deputado Fausto Pinato, ex-relator do processo contra Cunha na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados

12.   Ameaça de morte contra três réus da Operação Lava Jato

Há silêncio na imprensa golpista a respeito de Cunha –mais que isso, jornais, revistas e TVs de direita recolhem declarações e entrevistas dele como se fosse um parlamentar respeitável, cuja opinião merece escuta e consideração pela sociedade . As ações contra Cunha caminham a passo de tartaruga ou estão paralisadas por ação do próprio deputado. Até as pedras das calçadas do Rio, de Brasília e de todo o Brasil – e do Panamá e dos Estados Unidos e da Suiça- sabem dos crimes de Cunha. No entanto, o Congresso e o Supremo autorizam que ele continue a liderar um processo de desestabilização da democracia brasileira.

Mais uma vez: alguém acredita que o país sairá melhor de um processo de convulsão institucional conduzido e comandado por Eduardo Cunha? A palavra está com o STF e a sociedade brasileira, posto que a posição da Câmara dos Deputados está devidamente equacionada por Cunha e a imprensa golpista elegeu-o como aliado preferencial.  

Fonte: caminhopracasa.com

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