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Cultura: Lobão lança autobiografia “50 Anos a Mil”

19 de janeiro de 2011

Cantor revela dramas e controvérsias sem arrependimentos

Era um daqueles sábados de azul desconcertante no Rio. A entrevista com Lobão seria numa livraria em Ipanema, bairro pelo qual ele circulou a vida toda. Mas o cantor carioca preferiu transferi-la para um hotel no Flamengo. Queria ficar mais próximo do Aeroporto Santos Dumont, de onde decolaria para a cidade onde decidiu envelhecer: São Paulo. Aos 53 anos, o momento, em que está saindo da MTV e se voltando exclusivamente à música, seu ofício primaz, é considerado pelo próprio “um rito de passagem”. O marco é o lançamento da autobiografia “50 Anos a Mil”, em que narra não só suas quase quatro décadas de vida profissional, iniciada aos 17 anos ao lado de Lulu Santos e Ritchie, na banda Vímana, mas também os anos que forjaram sua personalidade, quando aprendeu a rir de si mesmo.

O jornalista Claudio Tognolli coassina a capa, estampada por um Lobão mais grisalho e magro do que a imagem fixada no imaginário brasileiro. A primeira pessoa, no entanto, é do roqueiro: “Eu não tava a fim de escrever. Mas quando fiz o prólogo, não parei mais, e escrevi 900 páginas. Logo percebi que se essa história fosse contada por outra pessoa, seria trágica. Chega às raias da inverossimilhança”, conta o músico, ou melhor, o multiartista – assim se reconhece -, por vezes tachado de “decadente” e “recalcado”.

Compositor de sucessos cantados há quase 30 anos, dos hinos “Me Chama” e “Rádio Blá” às criações mais recentes, baterista desde criança, toca guitarra e violão, e bem. É um sobrevivente, e está (bem) disposto para mais 50 anos.

Artista de apelo jovem, cultuado talvez igualmente pelo talento e pela porra-louquice, viveu os excessos das drogas dos anos 80 (principalmente cocaína, mas também heroína), só que conseguiu colocar a cabeça para fora. Acabou padecendo da dor de se tornar órfão dos grandes amigos, que morreram em plena atividade criativa (Júlio Barroso, Cazuza).

A ‘vida louca, bandida’ o jogou na prisão e na bancarrota, por conta dos gastos com advogados. A relação visceral com a música, a religiosidade (carola na infância, depois espírita), as brigas pela distribuição independente de seu trabalho, as desavenças no meio artístico, as vaias do Rock in Rio – tudo é contado no livro de forma quase sempre jocosa. Tire as crianças de perto e viaje com esse narrador-personagem, um ícone do rock nacional, que revela dramas, exageros e controvérsias com eloquência e ritmo. E sem arrependimentos. 
Fonte: A

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