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Cultura: Álbum reúne sucessos e raridades de Nelson Cavaquinho

9 de maio de 2011

Idealizado pelo pesquisador e jornalista Rodrigo Faour, o projeto vai direto ao ponto, dividindo-se entre os “sambas consagrados”, no CD 1, e “sambas guardados, no CD 2.
No ano em que se comemora o centenário de Nelson Cavaquinho, a Estação Primeira de Mangueira levou para a Sapucaí, em março, um desfile dedicado àquele que ajudou a consagrar a escola de samba. Fora da avenida, os tributos ao violonista que trazia o cavaquinho (instrumento que começou a tocar na adolescência) no nome artístico continuam com o recém-lançado álbum duplo “Nelson Cavaquinho – Degraus da Vida”, com as cores verde e rosa mangueirenses.

Idealizado pelo pesquisador e jornalista Rodrigo Faour, o projeto vai direto ao ponto, dividindo-se entre os “sambas consagrados” (sucessos imortais do compositor), no CD 1, e “sambas guardados” (músicas raras ou menos conhecidas), no CD 2. Todas as faixas vêm com a data de gravação e o disco de onde foram extraídas.

Carioca de São Cristóvão, Nelson Cavaquinho nasceu em 29 de outubro de 1911. Com a efeméride dos 100 anos do compositor quicando e o pouco conhecimento que as pessoas, de maneira geral têm de sua obra, Faour propôs esse resgate à gravadora EMI, que conservava significativo acervo do homenageado. O jornalista tem sua música preferida, “Quando Eu Me Chamar Saudade”, que, no projeto “Nelson Cavaquinho – Degraus da Vida”, vem embalada na voz de Nora Ney.

Houve muitos outros intérpretes de Nelson: Elza Soares, Elizeth Cardoso, Clara Nunes, Emílio Santiago, Germano Batista… No auge da crise de seu casamento com o marido Herivelto Martins, Dalva de Oliveira, por exemplo, estourou com “Palhaço”, em 1951. Já Nara Leão descobriu o compositor no restaurante Zicartola, no centro do Rio – onde ele passou a ficar mais conhecido – e gravou “Luz Negra” (parceria com Amâncio Cardoso) na década de 60. “Palhaço”, por Dalva, está no CD 1. No mesmo disco, foi incluída “Luz Negra”, só que na versão com Elizeth Cardoso e o próprio Nelson Cavaquinho.

Mas foi Beth Carvalho a grande porta-voz da música de Nelson. O que fez dela sua principal intérprete. Em 2001, ela gravou um disco só com composições dele, o “Nome Sagrado – Beth Carvalho Canta Nelson Cavaquinho”. “Ela gravou 13 sambas e, depois da morte dele, mais 20. É por esse motivo que dedico este disco duplo a ela”. No projeto, são de Beth os belos registros do clássico “Folhas Secas” e da menos conhecida “Meu Caminho”.

Fonte: A

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