Nos primeiros dias de 2012 uma criança indígena de etnia awa-guajá, de apenas oito anos, foi queimada viva por madeireiros no município de Arame, na região central do estado do Maranhão.
Esse crime brutal é parte de um conflito que se estende há décadas na reserva Araribóia, que envolve a exploração ilegal de madeira na terra indígena dos Guajajara.
Entidades de Direitos Humanos têm denunciado a situação há tempos, mas as autoridades nada têm feito.
Conflitos
Provocados pela necessidade de expansão do agronegócio por meio de seus representantes, empresas ou pessoas físicas – como produtores rurais e outros empreendedores do campo -, estes conflitos rurais se estendem por todo o estado, e acontecem das mais variadas formas.
No último mês de 2011 a comunidade quilombola de Salgado, zona rural de Pirapemas (MA) – região nordeste do estado -, sofreu um atentado ao terem seus animais mortos por envenenamento. José da Cruz, líder da comunidade quilombola de Salgado, teve 18 gados mortos, significando grande prejuízo à família, já que sobraram poucos animais para subsistência.
Os awa-guajá
O povo awa-guajá é um dos poucos povos existentes que vivem de forma nômades e avessos ao contato com os brancos. O que se pressupõem em relação ao crime citado a cima é de que a tribo tenha sido atacada por madeireiros, obrigando-os a fugirem para que sobrevivessem. Situações semelhantes aconteceram por diversas vezes durante o ano passado.
Até o momento não foi possível identificar de qual tribo pertencia a criança cujo corpo foi encontrado carbonizado.
Fonte:
da página do MST